A frase é atribuída ao músico brasileiro Tom Jobim: "Morar nos Estados Unidos é bom, mas é uma merda. Morar no Brasil é uma merda, mas é bom".
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O mesmo pensamento se aplica a tudo na vida. O que é bom e o que é mau são sempre a mesma coisa e estão no mesmo lugar. O vilão de uns é o herói de outros. A glória de uns é a humilhação de outros. A sorte de uns a forca de outros.
É assim com tudo: com a família, os amigos, com o trabalho. Todos são muito bons e muito maus ao mesmo tempo. Ora vejamos.
A família, que vem sempre primeiro, está na primeira posição do nosso amor. É com os nossos familiares que gostamos de passar a maior parte do tempo. Mas também é em casa que sofremos os maiores desgostos e dissabores.
Ter bons amigos é o maior objetivo. Os amigos são a família que escolhemos. Sem eles não há vida nem liberdade. Mas, porque é neles que reside o amor incondicional e fraterno, também só neles podemos encontrar o rigor amargo da traição. São eles que nos matam de solidão e abandono.
O trabalho fica no meio. Ao contrário do que acontece com a família e os amigos, no trabalho podemos ser cínicos sem ter mau caráter. Como sabemos que até é provável que um colega nos desafie, nos minta ou nos engane, estamos mais preparados. Por isso dói menos.
Esta trilogia até podia ser a letra da canção que o Jobim nunca escreveu ou um cheque-prenda vitalício para sessões de terapia psicológica.
Se não nos levarmos demasiado a sério percebemos que os nossos defeitos também não são pecados, nem faltas mortais, nem traições desmedidas nem faltas de caráter. Na verdade, as nossas fraquezas são apenas a nossa condição.
As coisas são o que são e não adianta desatinar com vidas que não podemos ter. Até porque na maior parte das vezes o sucesso ou insucesso depende apenas de uma coisa: da sorte!
ESPECIALISTA EM MEDIA INTELLIGENCE