Não vou falar de Ronaldo. Não é para satisfazer a vontade a Fernando Santos, era o que faltava, mas a verdade é que também já me enjoa estar sempre a bater na mesma tecla. É aquela história do eucalipto e secar tudo o que está à volta.
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Não é justo para esta seleção e muito menos para aquele que, para mim, é o melhor central deste Mundial e, sem dúvida, um dos "gigantes" que vi atuar ao vivo. Falo do senhor Pepe. A caminho dos 40, mantém um nível e ambição competitiva ao alcance de muito poucos. Sinceramente, estou pouco preocupado se joga novamente o "Pistoleiro" Ramos ou se volta CR7, sob o argumento da tática e da ferrolhada que a seleção marroquina irá apresentar, à semelhança do que fez com a Espanha. Ficaria, isso sim, preocupado era se Pepe não pudesse alinhar por qualquer motivo. Para mim, é ele e mais 10 contra Marrocos. E se der uma ajuda lá na frente, como fez com a Suíça, perfeito. O central do F. C. Porto esteve em dúvida para estar presente no Catar, mas fez de tudo, e sei do que falo, para recuperar e estar à disposição de Fernando Santos. Recorrendo a todos os meios, inclusive à medicina tradicional chinesa, Pepe sacrificou-se para voltar a representar a seleção nacional e continua a ser uma enorme mais-valia para nós.
Em 2016, naquela caminhada incrível em França, foi outro dos pilares da conquista no Stade de France e uma das imagens que retenho é a de Pepe exausto e aos vómitos no final da partida. A fotografia não é bonita, mas não me importava nada que se repetisse e Portugal voltasse a fazer história, agora no maior torneio do Mundo.
Bem, depois dos 6-1 à Suíça, parece que Marrocos tem tudo para ser um saco de pancada, mas esse é mau princípio e o primeiro passo para levarmos com um balde de água gelada. Ouvi com atenção o selecionador marroquino e eles estão com alma e vão deixar a vida em campo. Portugal está avisado.
*Editor-adjunto