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Fecha-se o ano, renovam-se sonhos e ambições. 2025 está à porta e parece-me que será um ano desafiante para o desporto português, a começar, por exemplo, com a novidade do Mundial de Clubes, logo a seguir a uma época desgastante e a fase final da Liga das Nações. Puxo a fita atrás e vejo um ano com os altos e baixos do costume, emoções e choro como aquele penálti desperdiçado pelo João Félix que confirmou o adeus de Portugal no Euro 2024. Lembro-me do penálti do Reisinho, no último minuto do campeonato, que valeu o milagre da salvação ao Boavista. São momentos que o futebol ainda nos dá e que permitem a poesia semiótica nos títulos dos jornais. Para o bem e para o mal.
O balanço do ano está feito nestas páginas, mas antes do finalzinho de 2024 ainda há um dérbi para animar as hostes. Incrível como Rui Borges surge a comandar o leão, uns dias antes do duelo com o rival Benfica. Ouço muita gente a bitaitar sobre o timing, mas que timing? Aqui, não há momento ideal. Se o Sporting vencer, Rui Borges entra com tudo e será o novo herói da nação leonina, se perder já entra com pé frio e cria logo a desconfiança, o tal fantasma que nunca deixou sossegar João Pereira. Se der empate, depende como se desenrolar o estado de coisas. Se há coisa que existe no futebol é dois sabores nos empates: aqueles que sabem a vitória e aqueles que sabem a derrota.
Independentemente do desfecho, desejo, com toda a sinceridade, que a Linha SNS 24 esteja em pleno funcionamento, de forma a corresponder a todas as solicitações que podem advir do dérbi, isto para além dos movimentos normais, que, nos últimos dias, têm emperrado em urgências fechadas. Inacreditável como se aumenta uma burocracia desnecessária e, num ápice, se consegue entupir urgências dos privados e ter urgências do público fechadas ou então a abarrotar de moscas. Mas isto não é desporto, nem dá títulos semióticos. Bom ano!
*Editor-adjunto