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“Somos portugueses porque somos universais”. As palavras são de Marcelo Rebelo de Sousa e marcaram o discurso do presidente da República nas comemorações do 10 de Junho. Proferidas num contexto de exaltação da nossa diversidade, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, poderiam ser transpostas para o contexto do futebol, neste ano em que o Dia de Portugal começou a celebrar-se dois dias antes, na Alemanha, onde a Seleção Nacional conquistou a Liga das Nações, na final, contra a Espanha. Quem esteve em Munique não esquecerá o entusiasmo dos portugueses na bancada, tantos deles emigrantes, inspiração e motor da equipa de Roberto Martínez.
Poucos dias depois da vitória diante de França, na final no Campeonato da Europa de Sub-17, este segundo título continental sublinhou o impacto ímpar do futebol na promoção de Portugal. Indiscutivelmente, esta é a marca universal do país: o futebol, com a diversidade, o talento, a capacidade de superação que distingue sucessivas gerações de atletas, treinadores, árbitros, dirigentes.
À Federação Portuguesa de Futebol, a todos os seus sócios, associações distritais e regionais, associações de classe, Liga Portugal, clubes, cabe o desafio aliciante de reforçar esta que é, e será cada vez mais, marca de Portugal no Mundo. Esse é um dos objetivos assumidos no plano programático do presidente Pedro Proença, sufragado por 75% do universo federativo, em fevereiro. Estamos ainda no início desse caminho, num novo ciclo de governação inclusiva, e todos sentimos que a jornada é melhor com vitórias, como tantas vezes ouvimos aos treinadores. Porque são as conquistas que alimentam a dimensão universal do prestígio do futebol português, por estes dias celebrada com as cores da bandeira nacional. Portugalidade, universalidade e futebol unidos num projeto maior.