A atualidade não aconselha ironias com naufrágios, submarinos e coisas afins, sob pena de ferir suscetibilidades. Basta uma pequena pesquisa pela internet para perceber o que digo.
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Feita a introdução, apetece-me dizer que Rui Jorge está claramente em areias movediças neste Europeu sub-21, que começou de forma absolutamente desastrosa para a equipa das quinas, que perdeu, 2-0, com a anfitriã Geórgia na estreia. Foi mau demais para ser verdade. Portugal foi uma equipa frágil, sem inspiração e desligada em campo.
Muito longe do que o futebol de formação tem oferecido nos últimos tempos. Lesões de última hora, como Fábio Vieira, que teve de sair da convocatória, não explicam tudo. Antes do jogo, estranhei as palavras do selecionador, que disse que “comprava o 0-0”. Depois do arranque, percebi o que quis dizer Rui Jorge, que melhor que ninguém percebe as fragilidades/vulnerabilidades desta seleção sub-21. Ainda assim, é ele o responsável pelas escolhas e, ao fim de 13 anos na liderança deste escalão, creio que este é o momento em que terá, obrigatoriamente, de aplicar um golpe de asa e potenciar o talento desta seleção, que está obrigada a uma resposta firme no jogo desta tarde com os Países Baixos.
Se nos sub-21, a coisa ameaça descambar, já na seleção principal, agora de Roberto Martínez, tudo rola com tranquilidade, com um pleno de quatro vitórias, sem deslumbrar, mas com o “pai” Ronaldo a marcar o golo da vitória no jogo 200 com a camisola das quinas. Foi bonito, embora não deixe de ser verdade que a exibição com a Islândia teve períodos que deu... sono. A malta anda cansada...
Terminados os campeonatos, o que não falta por aí são os torneios de formação. Uma mina para os clubes, que cobram 2 e 3 euros à entrada, sem direito a fatura! Uma novela que se repete todos os anos e que podia, como defendi há tempos, ter um final feliz se, ao menos, oferecessem uma bifana. A luta continua.
*Editor-adjunto