Um por todos e todos pelo planeta!
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Esse poderia ser o lema do projeto de bioeconomia no setor têxtil “be@t”, de que aqui falamos com regularidade e que junta universidades, empresas, associações e centros de investigação e desenvolvimento com diferentes competências e objetivos.
Tal princípio, que reinterpreta de forma livre o célebre romance de Alexandre Dumas “Os três mosqueteiros”, tem igualmente subjacente um objetivo que alguns podem até considerar poético: ajudar a salvar o planeta de forma decisiva. A meta parece difícil, e exige tenacidade e coragem para ser alcançada.
Com efeito, transformar um dos setores com maior pegada ambiental, como o têxtil, num exemplo de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, catapultar a indústria portuguesa a nível internacional pode até parecer uma ideia ousada. Mas o facto de se terem mobilizado em torno dela 56 parceiros com reconhecida expertise em diversas áreas mostra que deve ser levada a sério.
Coordenado pelo CITEVE - o centro tecnológico com 35 anos de experiência e destaque internacional na promoção da inovação e desenvolvimento da indústria têxtil - o be@t - bioeconomy at textiles (https://bioeconomy-at-textiles.com) mereceu um reconhecimento significativo nas Agendas Mobilizadoras que estão a transformar a economia portuguesa. Garantiu, por isso, direito a cofinanciamento do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência e dos fundos europeus Next Generation EU.
Até final de 2025, estão a ser desenvolvidas soluções para reconversão dos setores têxtil e do vestuário focadas em quatro pilares essenciais: biomateriais, circularidade, sustentabilidade e sociedade.
O “be@t” está a inovar em novos materiais de base biológica que substituem materiais sintéticos, promovendo tecidos recicláveis e biodegradáveis. Através da circularidade, o projeto implementa sistemas de recolha e reciclagem, fechando o ciclo de vida dos produtos e reduzindo resíduos. No pilar da sustentabilidade, o “be@t” trabalha com rastreabilidade, transparência, ecodesign e ecoengenharia, criando produtos que minimizam o uso de recursos e reduzem a pegada de carbono. A última missão é envolver a sociedade, integrando-a no ecossistema de inovação.
Afinal, a tal ideia não era assim tão ingénua!