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Um pouco por toda a Europa, notícias sobre incidentes associados à realização de espetáculos desportivos têm vindo a público, recolocando o tema na agenda.
Em França, o treinador italiano do Lyon, Fabio Grosso, sofreu ferimentos na cabeça após um ataque ao autocarro da equipa antes da visita ao Marselha. Na Holanda, o clássico Ajax-Feyenoord foi suspenso após os adeptos lançarem tochas para o relvado da Johan Cruyff Arena.
Em Portugal, o combate à violência no Desporto tem merecido abordagem multidisciplinar por parte das várias entidades envolvidas.
A Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) divulgou, esta semana, que no decurso dos últimos quatro anos aplicou, aproximadamente, 1300 interdições de acesso a recintos desportivos, das quais cerca de 1000 entraram já em vigor (306 só entre 1 de janeiro e 30 de setembro deste ano).
A Liga Portugal, através do seu presidente e da sua direção, tem assumido, sem tibiezas, travar a luta contra a violência, seja pelo aumento da moldura sancionatória de alguns ilícitos no seu Regulamento Disciplinar, seja pela criação de um departamento de segurança, ciente de que a redução do sentimento de impunidade dependerá sempre do equilíbrio entre a eficácia das medidas sancionatórias e a promoção e desenvolvimento de ações educativas e de prevenção, que inspirem uma cultura de hospitalidade e respeito mútuo entre adeptos.
Depois dos enormes condicionalismos provocados por uma pandemia que “roubou” os adeptos às bancadas, a Liga Portugal traçou como um dos seus grandes lemas o regresso das famílias aos estádios. Tal desígnio assentará sempre no pressuposto de que só com as melhores condições de segurança se valorizará verdadeiramente o espetáculo desportivo. Tudo, sempre, sem prejuízo das competências que às forças de segurança pública cabem nesta matéria.
Sem tréguas, a Liga Portugal continuará a desenvolver todos os esforços para que os verdadeiros adeptos assistam a um espetáculo desportivo seguro, atrativo e acolhedor.