Os cerca de 200 alunos da Escola Profissional de Fafe estão em greve, esta quinta-feira, para reivindicar a melhoria das condições do edifício que alberga este estabelecimento de ensino.
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"Há uma contínua degradação das condições da escola porque temos frio, chove lá dentro, o soalho está degradado e as casas de banho não são dignas", disse, ao JN, Ema Ferreira, 18 anos, que foi a porta-voz dos contestatários. Inclusive, nos últimos dias parte do teto de uma das salas desabou. "Já temos vindo a reclamar junto da direção e o que nos foi dito é que em janeiro teríamos melhores condições mas as aulas recomeçaram e tudo está igual, ou pior", acrescentou.
A Escola Profissional de Fafe funciona há vários anos num histórico edifício habitacional, na Praça 25 de Abril, mesmo no centro da cidade, que foi sendo adaptado para esta função para a qual não foi construído. A Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, entidade que gere a escola, adquiriu um novo espaço na cidade para mudar de instalações mas esse processo está ainda atrasado.
Contactado pelo JN, Hernâni Costa, presidente da Associação Empresarial, assumiu que "há algumas condições que estão a falhar porque se trata de um edifício antigo mais sujeito a degradação" mas está para breve a resolução de alguns dos problemas. "Entrou água e uma parte do teto caiu mas foi no período das férias. Temos os aparelhos de ar condicionado prontos a colocar e está por dias porque são os mesmos de um outro edifício que já não utilizamos e só estamos à espera que a empresa tenha disponibilidade", afiançou.
Hernâni Costa realçou que há "problemas burocráticos" que têm atrasado a mudança para as novas instalações mas acredita que ainda em 2023 "tudo possa estar resolvido".