<p>A Comissão de Trabalhadores da empresa AP-Amoníaco de Portugal, que anunciou esta quarta-feira o encerramento das unidades de ureia e amoníaco, disse que vai tentar minimizar os despedimentos na empresa, que vão atingir as 152 pessoas.</p>
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"A empresa convocou a Comissão de Trabalhadores para uma reunião ontem à tarde e comunicou a decisão de encerrar as duas unidades e o despedimento de 152 trabalhadores. Vamos agora tentar junto da administração minimizar ao máximo os despedimentos, tentando que alguns trabalhadores fiquem ainda na empresa", disse à Lusa Júlio Pinto, da CT.
O responsável anunciou ainda que vai realizar-se hoje, pelas 9.30 horas, um plenário com os trabalhadores onde serão analisadas as consequências dos despedimentos e as medidas a tomar, a que se vai seguir uma nova reunião com a administração da empresa.
"A administração já tinha suspenso a produção durante cerca de três meses e depois, a 14 de Dezembro, voltou a suspender e agora foi a machadada final, com a decisão do encerramento. Nós tínhamos consciência da situação da empresa pelo que se passa a nível internacional, com o amoníaco em baixo", disse. António Vicente, da célula da Amoníaco de Portugal do PCP, afirmou que tinham vindo a acompanhar a situação que causava muitas preocupações.
"Ainda hoje [ontem] distribuímos um comunicado em mão aos trabalhadores onde mostrava-mos a nossa preocupação pelo facto da produção estar parada desde o dia 14 de Dezembro e de não ser retomada", afirmou à Lusa.
"É mais um conjunto de pessoas que vai aumentar o desemprego no país, na região e no concelho. A empresa tem cerca de 232 trabalhadores no total, mas com as várias dezenas que estão em empresas de prestação de serviços chega quase às três dezenas", acrescentou.
A empresa AP-Amoníaco de Portugal decidiu encerrar as secções produtivas de amoníaco e ureia na unidade fabril do Lavradio, no Barreiro, com o corte de 152 postos de trabalho.