Se está a pensar em adotar um amiguinho de quatro patas, o Centro Veterinário Municipal de Valongo tem vários animais prontos a fazer parte de uma nova família. Neste momento são 12 os cães, machos e fêmeas, alguns já adultos e outros com pouco mais de um mês de idade, que estão à espera de um dono. E para facilitar o processo, saem de lá com vacinas, desparasitação, esterilização e chip.
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"Os animais que temos aqui foram todos retirados da rua e recuperados e quem vier cá adotar um animal, sabe que ele vai quase "com garantia". O animal sai daqui vacinado, desparasitado, esterilizado e com chip. Tudo isto sem custo para o adotante. É uma vantagem em relação a recolher animais diretamente da rua. Ao vir cá tem a certeza de que aquele animal não está doente e que já foi tratado", explica Fernando Rodrigues, veterinário da Câmara Municipal de Valongo, avançando que neste momento "há 12 cães e cadelas para adoção".
Quem quiser um novo companheiro pode dirigir-se ao Centro Veterinário, sito na Rua de São Domingos, em Campo, de segunda a sábado, das 9 às 17 horas, ou então pode visitar o site em "VETMUNICIPALVALONGO.BLOGSPOT.COM" ou a plataforma digital "PETIFY", escolher o animal desejado e posteriormente ir buscá-lo às instalações em Campo ou então ao consultório veterinário de Ermesinde, que funciona às terças e quintas-feiras, das 10 aos 12 horas. "Só ao domingo é que estamos fechados. Não há justificações para não adotar", reforça o médico veterinário.
E o processo é muito simples. "Qualquer pessoa adulta pode vir cá adotar, basta trazer o bilhete de identidade, ter uma entrevista de dois a três minutos só para saber se é aquele animal que quer e qual a perspetiva de futuro daquele animal. Se tudo estiver bem, como ocorre em 80% dos casos, o animal é logo adotado. Se sair ainda cachorro, o novo dono assina um termos de responsabilidade em como vem cá trazer o animal para esterilização quando completar oito meses de idade", avança Fernando Rodrigues, anotando que quando a adoção é feita dentro do concelho há a possibilidade de "fazer vigilância" para saber que o animal está a ser bem tratado.
O veterinário só lamenta que os animais mais velhos não sejam tão requisitados como os bebés, os preferidos dos adotantes. "Em alguns casos, os animais adultos são melhor opção do que os cachorros. Um animal com uma certa idade é mais previsível do que um cachorro, pois nunca sabemos se este vai ficar muito elétrico ou agressivo para as crianças, com um mais velho temos a certeza que o comportamento não vai mudar. Se for meiguinho aqui, também o será em casa", salientou o responsável, continuando: "Infelizmente há o estigma de as pessoas quererem um cachorrinho para o ver crescer no seio da família e verem as várias fases de evolução. Isto é bom para os cachorros, pois são facilmente adotados. Contudo, o problema é que temos alguns adultos cá, animais super meigos, à espera de alguém que os salve e muitas vezes não têm essa opção e ficam aqui meses e anos, sendo que são excelente companhia para os donos".
Para evitar que continue a haver animais abandonados, o responsável reforça a importância da esterilização. "Infelizmente há muitos animais a parir na rua e ainda há muito mais a fazer em matéria da esterilização. Esta só trás benefícios: à comunidade, pois diminui o número de animais vadios; e ao próprio animal, pois ao ser esterilizado dificilmente vai ter um tumor e vai viver 30 por cento mais. Quem gosta de animais deve esterilizá-los para impedir mais ninhadas e para estimular a adoção dos adultos", justifica Fernando Rodrigues.
Face às limitações do espaço, o Centro Veterinário só pode resgatar animais da rua em função do número de adoções que forem realizadas. "Nunca conseguimos dar resposta às necessidades e a balança está um bocado desequilibrada, pois há mais animais na rua do que aqueles que podemos recolher", finaliza o veterinário.