<p>Por causa de uma falha eléctrica que durou 17 horas, na última Feira do Fumeiro de Montalegre, o proprietário de uma casa de turismo rural em Tourém, em Montalegre, viu "três ou quatro casais" irem embora antes do tempo. "Estava uma nevada muito grande e não aguentaram o frio", explicou o empresário. </p>
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Na mesma localidade, um restaurante ainda consegui servir as refeições, mas não pode servir café como estava acordado no preço. "Tiveram que andar a fazer descontos". Desde então, na mesma aldeia, já se registou outro apagão, este de "14 horas". No entanto, Tourém não é caso único. Na própria vila e em outras zonas do concelho, as avarias "sucedem-se".
Farto de ouvir reclamações dos munícipes, ontem, o presidente da Câmara, Fernando Rodrigues, lançou, em comunicado de imprensa, uma bateria de críticas aos serviços prestados pela EDP no concelho. No documento, o autarca diz que "há falta de alternativas de abastecimento" , que "os equipamentos estão gastos e ultrapassados" e que "a rede está velha". "Continuamos muito mal servidos", afirmou Rodrigues, lembrando os lucros "colossais da empresa" e que só nas cinco barragens do concelho, a EDP produz 100 milhões de euros por ano.
Por outro lado, Rodrigues critica também a actuação da empresa nos serviços directamente prestados à autarquia. "Por exemplo, quando queremos fazer uma extensão de iluminação pública, a desgraça continua.
A Câmara tem de pagar o serviços à cabeça, para aparecer feito seis, oito meses e até um ano depois. Que Lei é esta?", questiona o socialista. Até ao fecho da edição, não foi possível obter uma reacção da EDP.