A Câmara de Mora registou, nos últimos quatro anos, um aumento de 15% nos nascimentos no concelho, sobretudo no que respeita ao segundo filho, tendo atribuído 66 mil euros em subsídios à natalidade, correspondentes a 79 bebés nascidos, revelou, esta quarta-feira, o autarca local.
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"Em 2004, quando avançámos com os apoios à natalidade, os nascimentos no concelho diminuíam anualmente. Agora, quatro anos depois, a redução da natalidade parou e até temos três nascimentos a mais", assegurou à agência Lusa José Manuel Sinogas.
Os apoios à natalidade atribuídos neste concelho alentejano, do distrito de Évora, visam contribuir para estimular o crescimento demográfico e inverter o envelhecimento da população, mas José Manuel Sinogas reconheceu que estes são objectivos "a longo prazo".
"Apesar do maior número de nascimentos, continuam a morrer mais pessoas no concelho, que tem muitos idosos, do que as que nascem. Acho que é possível inverter esta tendência, mas é um processo muito lento", disse.
E também "difícil", ainda para mais com a actual situação de crise económica, acrescentou o autarca.
"A desertificação é rápida e o povoamento é sempre lento, até porque está associado ao emprego e, com a crise, as pessoas não têm dinheiro", afirmou.
Nos últimos quatro anos, os 66 mil euros concedidos pela Câmara de Mora apoiaram 79 novos bebés do concelho, 55 dos quais primeiros filhos, 19 segundos filhos e cinco terceiros filhos.
A medida foi implementada em Outubro de 2004, tendo sido atribuídos quatro mil euros nos últimos meses desse ano, para seis nascimentos.
Em 2005, o número de nascimentos subsidiados subiu para 14, correspondentes a 11 mil euros.
O maior número de nascimentos aconteceu no ano seguinte, quando Mora "ganhou" 24 novos bebés (15 rapazes e nove raparigas), a quem foram atribuídos, no total, 25 mil euros.
Já em 2007, a autarquia apoiou, com 10.500 euros, o nascimento de 17 crianças e, no ano passado, os subsídios cifraram-se em 14.500 euros, relativos a 18 bebés.
O município atribui 500 euros pelo primeiro filho, mil euros pelo segundo e 1.500 euros a partir do terceiro, sendo esta medida complementada com um cheque que pode ser trocado por produtos para bebés em estabelecimentos do concelho.