As três associações de pais dos estabelecimentos de ensino que constituem o Agrupamento de Escolas João de Meira (EB2,3 João de Meira, EB1/JI de São Roque, EB1 Oliveira do Castelo), em Guimarães, dirigiram, na terça-feira, uma carta aberta ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação.
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Os encarregados de educação deste agrupamento escolar, com 1200 alunos do Jardim de Infância ao 3º ciclo, querem respostas para a forma como o Governo prevê que os seus educandos possam vir a recuperar "as aprendizagens que ficaram comprometidas".
A carta coloca quatro perguntas ao ministro João Costa e ao chefe do Executivo: "como serão recuperadas as aprendizagens que possam ficar comprometidas?; que resposta existe para os alunos que farão exames nacionais?; e para os que farão provas de aferição?; como garantir a equidade em termos de educação?
A missiva começa por destacar os "tempos excecionais" que se vivem nas escolas por todo o país, em virtude das greves e manifestações, mas lembra que estas associações têm manifestado, "desde sempre", a preocupação com a falta de assistentes operacionais e outros técnicos. Os pais e encarregados de educação identificam também os problemas da "crescente falta de docentes colocados no início do ano letivo" e da falta de condições materiais. Estas questões "interferem no bom funcionamento das escolas e na formação das nossas crianças e jovens", queixam-se.
As associações de pais lembram que este período de instabilidade se segue a uma pandemia que durou dois anos, "aumentando as problemáticas relacionadas com a saúde mental" e exprimem o desejo de que este "seja um momento de mudança, para o futuro da educação e para os nossos educandos".
Perigo de desvalorizar os pilares da educação
A carta alerta para o perigo de desvalorização das reivindicações daqueles que são os pilares da educação, porque isso, lê-se, "é desvalorizar, também, os pais e os alunos da escola pública". O texto defende a necessidade "urgente" de serem encontradas soluções e apela a uma resposta "do Ministério da Educação que garanta uma escola pública de qualidade para todos, pensando sempre no futuro das nossas crianças e jovens".