O presidente da Junta da União de Freguesias de Chorente, Góios, Courel, Pedra Furada e Gueral renunciou ao mandato, a cerca de um ano das eleições, após polémica com a oposição.
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Nuno Evandro Oliveira evoca razões pessoais, mas a oposição diz que só o fez porque o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga obrigou a junta a entregar documentação há muito requerida pelo Movimento M5.
Assim, a presidência passa, a partir desta quinta-feira, para as mãos de Conceição Silva, até agora tesoureira da União de Freguesias. “É uma situação que já estava planeada há mais tempo e era para ter sido há um ano quando completasse dez anos de presidência da União. Como havia algumas coisas pendentes, a situação foi-se arrastando até agora”, garantiu ao JN o, até agora, presidente da junta.
Já Nuno Carvalho, eleito para a assembleia de freguesia pelo Movimento M5, refere que a renúncia só aconteceu porque o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga obrigou a junta a entregar documentação sobre diversas obras na freguesia.
“Ao longo dos três anos deste mandato, pedimos vários documentos de obras que foram adjudicadas e ele nunca nos deu nada. Nomeadamente, a obra de requalificação da Escola de Pedra Furada, atual Albergue ‘O Palhuço’, cujo empreiteiro é sogro do presidente da Assembleia de Freguesia, sendo que ele próprio trabalha nessa empresa”, afirmou o membro da oposição. “Tivemos de recorrer a outras vias e, a 6 de setembro deste ano, o tribunal intimou a junta para, no prazo de dez dias, entregar os documentos, mas até agora não nos deram nada”, acrescentou Nuno Carvalho.
Ora, Nuno Evandro Oliveira diz que, apesar da “oposição tentar fazer essa colagem”, abandona o cargo porque “chegou a altura de deixar espaço para gente nova”. A decisão do tribunal não tem nada a ver com isso. É uma questão da oposição por politiquice e para criar notícia. Era uma situação que nem era necessária porque qualquer organismo público é obrigado a entregar toda a documentação”, rematou.