O presidente da Câmara de Vizela, Dinis Costa (PS), anunciou esta segunda-feira que, apesar de dispor de maioria absoluta, vai entregar "um ou dois pelouros" ao atual líder da oposição, em nome dos consensos que considera essenciais para "defender" o concelho.
Corpo do artigo
"No fundo, estou a fazer aquilo que o Governo devia e gostava de fazer com o PS mas não consegue", disse o autarca à Lusa.
Dinis Costa sublinhou que o atual executivo tem pela frente "quarto anos de enormes dificuldades", em que lhe caberá, por um lado, acudir a "problemas sociais profundos" e, por outro, assegurar o saneamento e o equilíbrio financeiro do Município.
Além disso, destacou os sucessivos "ataques" que diz estarem a ser feitos pelo Governo a Vizela.
"Já mexeu nos Correios, agora quer acabar com as Finanças, um dia destes ainda se lembra de fechar o Município. Por tudo isto, é importante que, no concelho, e independentemente das cores políticas, todos remem na mesma direção, em defesa dos interesses de quem aqui vive", disse ainda.
Nas Autárquicas, o PS elegeu quarto vereadores para a Câmara de Vizela, contra três da coligação constituída pelo PSD e pelo CDS-PP, que foi liderada por Miguel Lopes.
"Podia perfeitamente governar a Câmara só com gente do PS, mas achei por bem dar este sinal de consenso, convidando o líder da oposição a integrar o executivo. Ele aceitou e a partir de janeiro será mais um a trabalhar ativamente connosco", explicou.
Escusou-se, no entanto, a adiantar se Miguel Lopes ficará como vereador a tempo inteiro ou a meio tempo e que pelouros lhe serão confiados, remetendo esses dados para a primeira reunião de janeiro.
Dinis Costa já definiu também com representantes da CDU a realização de uma reunião mensal, para ouvir igualmente as propostas para o concelho daquela coligação de esquerda.
Manifestou ainda "abertura" para iniciativas do mesmo género com o Bloco de Esquerda.
"Todos podem e devem dar o seu contributo para um concelho melhor", rematou.