Presidente da Comissão Municipal de Protecção Civil de Évora diz que, apesar da retoma do abastecimento público à cidade, a qualidade da água pode voltar a deteriorar-se, devido à actual instabilidade meteorológica.
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"A situação, neste momento, apresenta-se controlada", mas "continuamos com situações de instabilidade meteorológica que, mesmo nas previsões mais avançadas, não nos garantem que estas condições adversas estejam ultrapassadas", disse José Ernesto Oliveira, que preside também ao município.
"Vai continuar a chover" e, como os terrenos "estão saturados", as ribeiras vão "continuar a levar água" para a barragem do Monte Novo, que abastece a cidade, explicou.
"Nesta região, as bacias são muito grandes, drenam uma enorme área e há sempre o risco de alteração da água das barragens", salientou, frisando, contudo, que todas as entidades que integram a Comissão Municipal de Protecção Civil estão "atentas" e a "monitorizar a qualidade da água".
Caso se voltem a verificar alterações dos parâmetros da qualidade da água proveniente da barragem do Monte Novo, nomeadamente no que respeita a valores acima do permitido por lei de metais como o alumínio, será decidido novo corte do abastecimento público, sustentou o autarca.
"Se houver qualquer alteração, não teremos hesitações em proteger, em primeiro lugar, a saúde pública", disse, apelando à "serenidade e tranquilidade" da população, mas também à sua compreensão.
"Temos que estar alerta para a possibilidade de haver novo período de alterações significativas", sublinhou, afirmando compreender que medidas como a suspensão do abastecimento público, decidida terça-feira à noite, são "incómodas", mas necessárias para "garantir a saúde pública".
No que diz respeito aos serviços da cidade, como o Hospital do Espírito Santo, José Ernesto Oliveira fez questão de destacar que está em "pleno funcionamento", incluindo a unidade de hemodiálise, mediante o abastecimento com recurso aos bombeiros, que vão buscar água a uma fonte alternativa.