A Assembleia Municipal de Ponte de Lima aprovou, por maioria, um pedido com vista à implementação de um sistema de videovigilância no centro histórico. Comerciantes aplaudem proposta. A vingar, será o primeiro sistema do género a ser instalado no distrito.
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O sistema de videovigilância cuja implementação foi solicitada pela Autarquia limiana ao Ministério da Administração Interna compreende seis áreas do casco histórico, entre as quais o Passeio 25 de Abril, a Praça de Camões e toda a ponte medieval. Dissuadir e inibir comportamentos "inadequados", onde se enquadram, segundo o Executivo municipal, tanto a criminalidade como actos de vandalismo, são os principais propósitos da medida, assinala o autarca local, Victor Mendes.
"Os índices de criminalidade são baixos em Ponte de Lima. Muito baixos. Apesar disso, somos alvo, como outros concelhos o são, de alguns assaltos, pontuais, pretendendo este sistema, articulado com outras acções e com as forças de segurança, ter um efeito dissuasor", assegura.
Presidente da Mesa da Assembleia Municipal limiana, Abel Baptista alude à proposta como "mais uma medida" com vista ao reforço da segurança no casco histórico, espaço que tem, considera, sido ultimamente alvo de um crescendo de criminalidade. "Ainda há pouco, o balcão da Caixa Geral de Depósitos do Largo de Camões foi assaltado, em pleno dia, tendo outros estabelecimentos comerciais sido, também, assaltados, na vila, pelo que entendemos ser este um esforço que compete ao Município", assevera.
Enfatizando que a videovigilância "é, há muito, discutida no concelho", o dirigente da associação empresarial local, João Pimenta, evidencia que associados há que "há muito a queriam ver implantada". Entendendo-a como uma "maisvalia" para a zona abrangida, defendeu mesmo o alargamento do sistema a todo o centro urbano de Ponte de Lima.
Na região, Viana do Castelo apresenta-se como dos poucos, senão mesmo o único concelho onde tal sistema é, há muito, reivindicado. Designadamente, por partidos da Oposição, com realce para o PSD, que o defendeu em assembleia municipal. A proposta viria, porém, a ser chumbada, com os votos contra do PS, que considerou a medida "alarmista".