
Adesão variada, entre 80%, 90% e até 95% em algumas fábricas levou a uma paralisação total
Foto: Arquivo
A Autoeuropa e as empresas fornecedoras de peças do Parque Industrial de Palmela pararam completamente a produção esta madrugada e manhã de quinta-feira devido à greve, avançaram as comissões de trabalhadores. Na Autoeuropa, há um registo de adesão à greve de 60% dos trabalhadores enquanto nas empresas em redor da fábrica de Palmela, houve casos em que chegaram aos 95%.
Rogério Nogueira, da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, explicou que nos dois primeiros turnos desta quinta-feira, "houve uma paralisação total da produção".
Questionado sobre se a empresa tentou aplicar um "downday", uma medida para parar a produção sem prejuízo aos trabalhadores, o coordenador da CT avança que "houve uma tentativa para tal, mas que não se chegou a efetivar. A adesão à greve é a única resposta dos trabalhadores à ofensiva do Governo ao Código do Trabalho".
Nas empresas do Parque Industrial de Palmela, que fabricam componentes para a Autoeuropa, houve paralisação total da produção em todas as fábricas e uma adesão quase total à greve nos dois primeiros turnos do dia, o que começou pela meia-noite e o que começou pelas oito da manhã. De acordo com Daniel Bernardino, coordenador das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial, houve casos em que "empresas com 300 trabalhadores só tiveram dois nas instalações nos dois primeiros turnos".
Daniel Bernardino aponta para uma adesão variada, entre 80%, 90% e até 95% em algumas fábricas, mas que houve uma paralisação total: "A adesão à greve não é prática comum destes trabalhadores, mas não puderam ficar indiferentes à ofensiva do Governo aos direitos do trabalho e por isso aderiram massivamente".

