No alto do Soutelo, cruzamento rodoviário onde as freguesias de Fânzeres e Rio Tinto se encontram, há um semáforo que não funciona há coisa de dois meses. Queixam-se as pessoas dali dos acidentes, que se sucedem, e da demora na resolução do problema.<br />
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Não há naquele local um cruzamento propriamente dito, mas a confluência entre quatro ruas, sendo que apenas duas delas – a Avenida da Carvalha e a Avenida de D. João I – apresentam continuidade rectilínea. Chegando pelas outras duas (Rua do Infante D. Henrique e Rua Dr. Oliveira Lobo), que confluem em ângulo, os automobilistas, que têm pior visibilidade, deparam-se com sinais stop, que, por definição, os obrigam a parar. O que muitas vezes não sucederá.
“A verdade é que as pessoas não respeitam o stop”, diz-nos Ricardo Bonifácio, gerente de um café postado numa das quatro esquinas. Ainda não lhe entraram carros pelas montras, é certo, mas “à noite, principalmente”, há gente que por ali passa “muito depressa”. Até ver, nenhum acidente (e ainda ontem houve outro) teve consequências graves. O mais violento, há cerca de duas semanas, apenas causou feridos ligeiros. “Mas saíram os dois de maca”, nota o comerciante.
“Os acidentes são muitos e fortes”, diz Eva Mendes, que tem uma peixaria do outro lado da rua, criticando os responsáveis pela sinalização: “Se as seguradoras fossem responsabilizar a empresa dos semáforos, talvez isto ficasse resolvido mais depressa”.
Não importa a quem se aponta o dedo, se ao município ou a uma indefinida empresa. O que toda a gente diz vai dar ao mesmo. Ou os carros passam depressa, ou não respeitam os sinais stop ou, vendo o amarelo intermitente, avançam em demasia, devido à falta de visibilidade. Ao que parece, a avaria poderá ter começado nos sensores colocados no pavimento, que já só funcionavam sob o peso de autocarros e camiões. Chegou ao ponto de, para mudar as luzes, um reformado passar horas junto ao botão destinado aos peões, carregando quando solicitado.