A Câmara de Gaia está a preparar, "até fevereiro", o tráfego da Avenida da República para o aumento de frequências do metro, através de mudanças na semaforização e eventuais supressões de cruzamentos da linha, segundo Eduardo Vítor Rodrigues.
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"Estão em curso todos os estudos de mobilidade para assegurar maior velocidade no trajeto. Em alguns casos, isso passa pela alteração da temporização dos semáforos, noutros passará por eventuais supressões de cruzamentos, sempre no benefício do transporte público", referiu o autarca à Lusa.
Com a extensão da rede do Metro do Porto até Vila d'Este, que entrará em funcionamento em 2024, a Linha Amarela ficará preparada para frequências de passagem de três em três minutos, ao contrário dos atuais seis minutos.
Reativar e construir túneis
Questionado sobre se as supressões de cruzamentos podem seguir as propostas do Plano de Urbanização da Avenida da República, finalizado em 2019, que sugeriam a reativação, para utilização rodoviária, do túnel ferroviário da Ponte D. Maria Pia e do túnel da Real Companhia Velha, disse que essa é "uma forte possibilidade, que implica uma discussão com a IP [Infraestruturas de Portugal]".
Sublinhando que o plano "mantém-se", o mesmo fazia também referência à construção de um novo túnel entre a Rua D. Pedro V e a Rua Raimundo de Carvalho para atravessamento da avenida e, quanto a essa possibilidade, apenas referiu que está "igualmente em vigor", dentro do plano.
Segundo o cronograma, datado de novembro de 2019, a reativação dos túneis e a construção de um novo entre a Rua D. Pedro V e a Rua Raimundo de Carvalho estava prevista para um prazo entre zero a cinco anos, portanto, até 2024.
Atualmente, e em face do contexto inflacionista na construção civil, "não há estimativa" quanto a custos para essas eventuais obras, "havendo apenas um estudo prévio".
Antes da pandemia, o plano apontava para 2,6 milhões de euros para a reativação do túnel da Ponte D. Maria Pia, 2,9 milhões para o túnel da Real Companhia Velha e 2,2 milhões para o túnel entre a Rua D. Pedro V e a Rua Raimundo de Carvalho.
Intermodalidade e autocarros
Em 14 de julho, Eduardo Vítor Rodrigues já tinha dito que a circulação de autocarros na Avenida da República será redistribuída com o arranque da nova rede metropolitana denominada UNIR, prevista para 1 de novembro.
O objetivo é privilegiar a intermodalidade com o Metro do Porto e, com o reforço de frequências e de metros na Linha Amarela, faz "todo o sentido" que se possa privilegiar o "rebatimento e não a duplicação" de serviço de transporte de passageiros na avenida.
Apesar de toda a via estar servida pelo metro, o autarca considera que "os autocarros nunca podem desaparecer da Avenida da República na totalidade", mesmo que se acumulem, no percurso, ao lado do metro.