Começaram esta terça-feira as operações para retirar o batelão que afundou, há 49 dias, no Douro, em Sebolido, Penafiel. A operação poderá demorar dois a três dias. Continua por aparecer o corpo de um dos quatro tripulantes que seguiam a bordo da embarcação.
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As operações começaram esta terça-feira com a aproximação à embarcação de 57 metros, afundada a cerca de 30 metros, com as gruas enterradas no subsolo do rio Douro.
O comandante Fragoso Gouveia, adjunto do comandante da Capitania Porto do Douro, explicou ao JN que só quarta-feira, ou quinta-feira, o batelão deverá vir à tona, embora, terça-feira já tivessem sido feitos trabalhos preparatórios com vista à retirada do navio.
Continua, entretanto, por aparecer o corpo de Álvaro Ferreira da Silva, de 39 anos, trabalhador da empresa Inersel, dona do navio, vítima do naufrágio do batelão, no passado dia 9 de Março.
Desde o início das operações, as buscas decorreram ao longo das margens e no meio do rio, mas revelaram-se sempre infrutíferas.
Mergulhadores da Marinha, da empresa responsável pela retirada da embarcação e dos Sapadores do Porto passaram a pente-fino a zona envolvente e vasculharam a embarcação junto à grua, onde supostamente se encontrava o funcionário desaparecido quando o batelão naufragou.
A angústia dos familiares do operário de Espadanedo, Cinfães, tem vindo a aumentar à medida que os dias passam, sendo que, agora, a esperança de resgatar o corpo está na retirada do batelão.
Há fortes hipóteses de o batelão transportar areia, no dia do acidente, e de o corpo de Álvaro Silva estar submerso no local onde se encontra a embarcação. A operação para retirar o barco continua quarta-feira de manhã.