<p>O bebé de 19 meses que segunda-feira caiu de um quinto andar, em Felgueiras, mantém-se internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de S. João do Porto em estado considerado "muito grave".</p>
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Segundo as últimas informações médicas, a criança continua "me estado de coma", não se tendo registado qualquer evolução desde que foi internada na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de S. João, no Porto, na sequência de uma queda, da janela de um quinto andar.
Eram cerca de 10.30 horas de segunda-feira quando o pânico se instalou. A vizinhança não conseguiu ficar imune aos gritos da mãe de André, que "chorava desesperada para saber como estava o filho". "Não consigo esquecer os gritos daquela mãe, parece que ainda a ouço", desabafou uma moradora do prédio Impacto, na Avenida Dr. Magalhães Lemos, em Felgueiras.
O menino caiu da janela do quinto andar para um terraço do segundo andar, onde teve um momento de consciência para chamar pela mãe antes de entrar em coma. Foi levado para o Hospital Agostinho Ribeiro, em Felgueiras, pelos Bombeiros Voluntários da cidade, mas, segundo disse ao JN o comandante da corporação, André teve que ser transportado para a urgência de pediatria do Hospital S. João na sequência dos ferimentos graves que sofreu na queda, de uma altura de cerca de 10 metros.
O menino sofreu um traumatismo craniano e um traumatismo no tórax e, de acordo com informações do INEM, teve que ser intubado e ventilado, deixando o local do acidente em estado de coma. A criança ficou internada na unidade de cuidados intensivos do Hospital S. João.
Segundo Marlene Macedo, moradora no apartamento onde o menino caiu, "foram minutos que pareceram uma eternidade de sofrimento". "Eu comecei a ouvir gritos, quando bateram à minha porta e era a mãe do menino dizendo que o seu filho estaria na minha varanda. Quando lá chegamos só se via sangue e mais sangue. A mãe não conseguia parar de gritar para que o filho voltasse a si. É uma situação muito difícil de reviver", afirmou Marlene Macedo, muito abalada.
A moradora contou ainda que o menino ainda voltou momentaneamente a si quando ouviu os gritos da mãe e chamou por ela. "A criança teve uma assistência incrível não podiam ter feito mais por ele", declarou ainda, afirmando que os pais estavam em casa quando tudo aconteceu.
"Pouco antes do acidente, o pai do menino esteve no meu café. Nem queria acreditar quando soube o que aconteceu. São pessoas muito sossegadas, simpáticas e via-se que são pais muito carinhosos", afirmou o proprietário do café em frente ao prédio onde o menino caiu.
O casal tem outra filha, de seis anos, e é natural de Trás-os-Montes. Segundo os moradores, o pai, que trabalhava na construção civil, ficou desempregado anteontem e a mãe tem uma loja de costura que está a enfrentar algumas dificuldades.