Foi o último acto público de António Lima Costa, enquanto presidente da Câmara de S. João da Pesqueira: a inauguração da biblioteca municipal. Pretende-se que o novo equipamento promova a leitura no concelho.
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Há pouco mais de um ano havia naquele local, junto ao auditório municipal, umas casas velhas, onde funcionou um lagar. Hoje existe um novo edifício forrado a xisto, a exemplo de outros equipamentos do concelho mais vinhateiro da Região Demarcada do Douro. "Chamar-lhe só biblioteca parece um pouco redutor", considerou o autarca que prefere designá-la por "centro cultural", por ser "mais do que um depósito de livros".
Para exemplificar a versatilidade do novo equipamento, Lima Costa deu o exemplo das consolas de jogos de que dispõe e que, está seguro, vão fazer as delícias das crianças e jovens. Sobretudo das oriundas de famílias menos favorecidas financeiramente. "Têm aqui a oportunidade de tomar contacto com equipamentos caríssimos e que só estão a dispor de alguns, pelo que esta biblioteca também terá uma componente social".
A inauguração, no passado sábado, teve "valor simbólico" para Lima Costa, que termina amanhã 16 anos de presidência da Câmara. "Diz-me muito terminar com um equipamento que pode ser um instrumento muito importante para o desenvolvimento sócio-cultural do concelho", sublinhou.
A infra-estrutura custou, com recheio, um milhão e meio de euros e foi construída num ano, metade do tempo inicialmente previsto. Não houve derrapagens orçamentais, mas ainda não foi comparticipada por fundos comunitários, porque "as candidaturas ao QREN estão muito atrasadas", justificou o edil. A obra foi totalmente paga pela Câmara, pelo que se a candidatura for aprovada, o novo executivo da autarquia, que toma posse amanhã, "recebe limpo esse dinheiro, no mínimo 50% do que se gastou".