Evento arranca a 6 de maio. Cidade prepara candidatura a rede europeia dedicada a instrumentos históricos.
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O Festival de Órgão de Braga vai regressar às igrejas da cidade, após dois anos de interregno, com sete concertos, entre 6 e 15 de maio. Este ano, a organização tem os olhos postos na internacionalização deste património e vai começar a preparar uma candidatura à European Cities of Historical Organs (ECHO), uma rede europeia de cidades que possuem órgãos históricos. Só em Braga, existem 52 instrumentos, 41 dos quais com mais de 100 anos.
Segundo o diretor artístico do evento, José Rodrigues, "Braga é uma candidata forte a esse reconhecimento internacional", uma vez que o festival "já é falado" em grandes capitais europeias como "Paris (França), Roma (Itália) e Bruxelas (Bélgica)". "Tivemos pessoas da Austrália a vir ao festival", recorda o responsável, sublinhando que, para integrar a rede europeia ECHO é preciso, primeiro, que o conjunto de órgãos seja reconhecido como Património de Interesse Municipal. Dos 52 instrumentos identificados, 22 estão em funcionamento. A 6 de maio, o festival arranca na catedral da Sé, onde se encontra o órgão "com maior esplendor", classifica o cónego Hermenegildo Faria, responsável pela música naquele templo.
O evento passará, também, pelas igrejas de Santa Cruz, São Francisco, São Marcos, São Lázaro e Santo Adrião e, ainda, pela Basílica dos Congregados e Mosteiro de Tibães. No Museu Pio XII está prevista uma exposição sobre instrumentos de música mecânica.
Toque de carrilhões
A 7 e 14 de maio, a partir das 12 horas, a cidade poderá ouvir o toque dos carrilhões das igrejas de Santa Cruz, Pópulo, Bom Jesus e Sé catedral. Será um espetáculo de música com meia hora de duração. O festival é organizado pelo Município de Braga, a arquidiocese, a Irmandade de Santa Cruz e a Santa Casa da Misericórdia. Este ano, conta com o "Alto Patrocínio do presidente da República".