Buscas no Minho para encontrar triatleta continuam até sexta-feira
As operações no rio Minho para encontrar o triatleta de Barcelos desaparecido desde domingo vão continuar até sexta-feira.
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Segundo Pedro Cervaens Costa, Comandante da Capitania do Porto de Caminha, já hoje a equipa de mergulho forense da Polícia Marítima submergiu por uma última vez no "poço com 27 metros de profundidade", junto ao qual o jovem de 23 anos desapareceu nas águas, mas não encontrou nada.
As buscas subaquáticas, com utilização de sonares para rastrear o fundo do rio, terminaram. Mantém-se o dispositivo de busca à superfície e nas margens, hoje com oito botes, a lancha NRP Rio Minho, uma moto de água e operacionais apeados, num total "de cerca de 40 a 50 elementos".
"Manteremos as buscas até sexta-feira, agilizando o dispositivo possível", declarou esta manhã Pedro Cervaens, que partilha a coordenação das operações com a Comandancia Naval Del Miño.
As autoridades portuguesas e espanholas empenharam desde domingo todos os meios aéreos disponíveis, terrestres e aquáticos. As Marinhas de Portugal e Espanha disponibilizaram dois sonares que sondaram o fundo do rio na zona onde o atleta desapareceu, no percursos efetuado pelos atletas e também na área envolvente, até 500 metros a montante. Mergulhadores submergiram várias vezes na maré baixa para despistar todos os locais onde se suspeitava que o corpo pudesse estar.
Jovem órfão
O jovem de Viatodos, Barcelos, órfão de pais, tem apenas um irmão, que se tem mantido rodeado de amigos e familiares, no local das operações. Desapareceu no domingo à tarde no Triatlo da Amizade, em que participaram um total de 176 atletas.
Segundo responsáveis da associação de cicloturismo Pedal'arte, que deu apoio à organização a cargo das federações de Triatlo de Portugal e Galega de Triatlon e Péntatlon Moderno, na segurança da prova estiveram envolvidos "quatro caiaques e três embarcações a motor".
O jovem não usava fato de neoprene na altura do desaparecimento, tendo os organizadores garantido que, de acordo com o regulamento, a sua utilização não era obrigatória, informação que "foi anunciada através dos altifalantes antes da prova". Admitiram, contudo, que "o fato beneficia na flutuabilidade e deixa as pessoas mais confortáveis".
O jovem desapareceu nas águas cerca das 15.30 horas, após o arranque da competição na água. O percurso era de 750 metros. Terá sido avistado a pedir ajuda, aos "150 a 200 metros" por um dos quatro caiaques de apoio e que ainda o terá tentado socorrer lançando-lhe uma pagaia.