Há quatro anos que o cais da Doca 1 Norte do Porto de Leixões está inativo. O piso abateu devido às chuvas intensas do início de 2018 e desde essa altura que o local que servia de atracagem a muitas das embarcações que ali chegam deixou de ter qualquer atividade.
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Ainda não há uma previsão para o início das obras de reparação da cratera, que com o tempo foi ganhando dimensão. Mas todo o cais Norte, no lado de Leça da Palmeira, vai ser alvo de uma requalificação, no valor global de 25 milhões de euros.
Questionada pelo JN, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) referiu que "em relação ao aluimento de 2018 não existiu um grande impacto", explicando que "as cargas já estavam a ser preparadas na zona sul, onde foi feita a restruturação", acrescentando que "esta alternativa acabou por resultar positivamente num crescimento de 5% das cargas".
O anúncio do lançamento do concurso público para a empreitada de avanço de todo o cais cais da Doca 1 Norte e alargamento da sua rampa "ro-ro" só agora, no início do mês, foi publicado no Diário da República, e segundo a APDL as propostas devem ser apresentadas "até 24 de março". O investimento previsto é de 25 milhões de euros e a intervenção deve durar dois anos e meio. Desde o incidente há quatro anos, a vala que abriu numa extensão de cerca de 200 metros alargou e ficou mais profunda, estando parcialmente tapada por vegetação. Na altura, a APDL referiu ao JN que o incidente não iria ter "impacto a nível comercial", uma vez que o cais, que foi construído em 1973 e que já apresentava "alguma debilidade", iria ter "para breve" obras de reforço da estrutura.
intervenção adiada
Porém, essa empreitada nunca chegou a acontecer e a situação mantém-se até hoje por resolver.
No local atracavam embarcações de carga geral e "ro-ro", designação dada a qualquer tipo de carga que embarque e desembarque a rolar, como os automóveis.
Há dois anos, a APDL explicava ao JN que havia "prazos processuais alheios à administração portuária que tinham de ser cumpridos", que fizeram adiar o início da intervenção, que, ainda assim, chegou a estar prevista para o segundo semestre de 2021.
A obra que se destinava apenas a recuperar o cais que aluiu e que a APDL previa que iria ser realizada ainda em 2018, será agora substituída por uma empreitada de maior envergadura. Isto, porque a APDL decidiu reformular as características técnicas, alinhamento e aumento do calado do cais da Doca 1 Norte para o dotar de melhores características operacionais.