O presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, manifestou esta terça-feira o seu descontentamento com a fusão da Sociedade Água do Luso (SAL) com a Sociedade Central de Cervejas (SCC), levando à extinção da primeira.
Corpo do artigo
O autarca afirmou que o município apoiará uma eventual ação popular levada a cabo pela população do Luso para evitar esta fusão, assumindo todas as custas.
"A SAL é bem mais antiga que a SCC, tem uma história longa, um passado de muitos anos e isso perder-se-ia", considerou o autarca, acrescentando que o caso está entregue a juristas, especialistas em Direito Comercial e Administrativo, sendo que a Câmara Municipal vai agir de acordo com o seu parecer.
Sociedade aponta vantagens
O diretor de Relações Institucionais da SCC, Nuno Pinto de Magalhães, aponta que a fusão poderá ser vantajosa para os trabalhadores e para o município, reforçando que a marca se vai manter e será uma aposta forte da empresa.
"Os trabalhadores serão nivelados pela remuneração mais alta, que é a da Central de Cervejas. Para além disso há a questão da Derrama, que será anexada aos resultados da SCC, que, em 2019, foi de 50 milhões de euros, pelo que a Câmara Municipal receberá uma verba mais significativa", defendeu Nuno Pinto de Magalhães.
A SCC comunicou, a 4 de janeiro, a fusão das várias sociedades que a constituíam, passando a designar-se Sociedade Central de Cervejas e Bebidas.