<p>A Câmara de S. João da Madeira quer poupar, até ao final do ano, 700 mil euros nos gastos da Autarquia. O corte anunciado vai incidir na despesa corrente, nos designados consumos intermédios que representam cerca de sete milhões de euros para os cofres municipais.</p>
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Consumos de gás, electricidade e comunicações, material de escritório, representação dos serviços são alguns dos exemplos onde se pretende obter poupanças entre os cinco e 20%.
Mas o corte na despesa reflecte-se, ainda, no apoio da edilidade às Festas da Cidade e na participação na Volta a Portugal em Bicicleta que, ao contrário dos anos anteriores, deixa de ter uma etapa na cidade.
Na conferência de Imprensa que, anteontem, se realizou para o anúncio das medidas o presidente da Câmara, Castro Almeida, informou, ainda, que o processo e instalação dos “comboios frequentes”, com o qual se pretendia construir mais estações e promover a reconversão da Linha do Vouga na área do município, vai ser abandonado. Será, assim extinta a empresa municipal “Mobilidade S. João” que conta apenas com um funcionário e que tinha como função gerir a futura estrutura.
“É uma obra útil no futuro, mas não urgente” adiantou, referindo que a REFER, comunicou um custo 150% acima do valor inicialmente estimado. Ou seja, de 2,7 milhões para sete milhões.
As medidas anunciadas são justificadas por Castro Almeida com a necessidade de “manter o equilíbrio orçamental” que foi colocado em causa por causa da quebra de receitas, particularmente das que resultam da actividade imobiliária.
“As taxas de loteamentos e obras registaram nos primeiros cinco meses deste ano uma quebra de quase 50%”. “A este ritmo receberemos agora num ano o que há quatro anos recebíamos num mês”, disse.