A Câmara de Arouca vai emprestar ao Governo 18 milhões de euros para a construção de sete dos 14,6 quilómetros de via rápida que faltam para ligar o concelho à A32. E ainda se dispõe a realizar a obra.
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Artur Neves tanto falou no assunto que, agora, vai ter uma resposta positiva ao que andou, nos últimos dois anos, a defender: parte da variante à EN326, em falta e que ligará Arouca à autoestrada 32, vai avançar. Serão sete quilómetros, que atravessarão os concelhos vizinhos de Oliveira de Azeméis e de Santa Maria da Feira, em forma de via rápida e que porão fim aos ésses enjoativos da estrada nacional.
O processo como a nova estrada será feita é, no mínimo, inédito, mas, diz o presidente da Autarquia, um independente que ganhou o cadeirão do Poder pelo PS vai para dois mandatos, que a crise justifica-a. "Não há dinheiro para investir. Nem do Governo nem das Estradas de Portugal. Somos uma câmara sem dívidas, que tem dinheiro no banco a prazo. Podemos ajudar a resolver um problema sério nas acessibilidades ao concelho", afirma.
Só fazer metade
Há, no entanto, uma mudança na reclamação. Em 2011, o autarca criticava o facto de se ter construído a terceira autoestrada no distrito, paralela às outras duas e igualmente portajada, que liga Oliveira de Azeméis a Gaia, deixando a variante às portas de Arouca. Ou seja, foram feitos dez quilómetros entre Arouca e Escariz, faltando 14,6 quilómetros para que os arouquenses beneficiem de uma via em condições e que os conduza à A32, sem a gincana que a EN326 implica.
Agora, Artur Neves considera que basta construir os primeiros sete quilómetros da via rodoviária para que a vida fique mais facilitada.
No total, a variante poderá atingir os 40 milhões de euros, mas o que o autarca se propõe fazer, emprestando dinheiro ao Governo, não irá além dos 18 milhões, podendo, ainda, beneficiar de 85% de fundos comunitários.
"As câmaras poderão vir a construir estradas e obter comparticipações financeiras. Faremos a estrada, adiantamos o dinheiro e,depois de construída, coisa que demorará cerca de 18 meses, o Governo tem dez anos para nos pagar. Não tem sentido que seja de outra maneira porque se se construiu e se pagaram estradas em outros locais, tem de se pagar este troço", frisou. O assunto já foi debatido e aprovado em Assembleia Municipal (cujo presidente é Paulo Portas). Há também obteve concordância das autarquias vizinhas que atravessa. Artur Neves só espera luz verde.