<p>O processo de construção do Fun Zone, um megacomplexo turístico projectado para Alfândega da Fé, vai terminar com a Câmara a avançar judicialmente contra o promotor, Chaby Rodrigues, por difamação. </p>
Corpo do artigo
Desde a semana passada que estão em circulação em Alfândega da Fé vários e-mails, alegadamente escritos por Chaby Rodrigues, que culpam o autarca, João Carlos Figueiredo, pelo não desenvolvimento do complexo e difamam o seu nome.
O conteúdo das missivas foi divulgado pela concelhia do PS, a líder do partido, Berta Nunes, disse, ao JN, que espera que o edil dê as devidas explicações. "Os e-mails contêm várias acusações que, se não forem explicadas, espera que o Ministério Público investigue o conteúdo", afirmou. O autarca referiu, em comunicado, que "repudia veementemente" as acusações, e que o assunto foi entregue a um advogado.
A concelhia do PS exige que o presidente da Câmara dê explicações "claras" sobre o afastamento do Fun Zone Village Douro, o complexo turístico projectado para o concelho, como um conceito único no Mundo, direccionado para famílias, mas especializado em cuidados especiais para crianças deficientes.
O projecto, acarinhado pelo município, que comprou vários hectares de terreno para o instalar, era promovido por uma empresa inglesa, a ABC Child Care UK, ligada a Chaby Rodrigues, um lusodescendente.
O projecto, classificado como PIN (Projecto de Interesse Nacional) foi apresentado em Maio de 2006 como uma iniciativa que iria revolucionar o concelho. Seria implementado numa área de 170 hectares, prometia um investimento de 250 milhões de euros e a criação de 300 postos de trabalho, mas nunca saiu do papel. Em 2007 o Ministério do Ambiente exigiu o enquadramento e licenciamento do empreendimento a vários níveis, nomeadamente na gestão dos recursos hídricos, o que nunca chegaria a ser feito.