O novo mercado municipal de Caminha foi inaugurado esta sexta-feira, substituindo finalmente um provisório construído na década de 80 do século passado.
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A inauguração da obra contou com a presença do ex-autarca Miguel Alves, naquela que terá sido a primeira aparição num ato público, após a polémica saída do Governo há cerca de nove meses, e também do antigo presidente de câmara, José Pita Guerreiro, que mandou construir o anterior equipamento há cerca de 40 anos.
O projeto do novo mercado municipal, que representa um investimento de cerca de 600 mil euros, foi lançado ainda pelo antigo governante, enquanto presidente da câmara de Caminha. Este sábado, a sua iniciativa foi referida (e aplaudida pela assistência na cerimónia de inauguração) pelo autarca atual, Rui Lages, seu sucessor, quando saiu para ocupar o cargo de Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, em setembro de 2022.
Os vendedores, que durante as obras estiveram instalados em contentores na mesma zona, deverão ocupar as novas bancas dentro de dias.
"É uma obra muito esperada e desejada pela nossa comunidade há longas décadas", referiu Rui Lages, considerando que o mercado de Caminha "foi provisório por demasiado tempo".
"Agora estamos a inaugurar um equipamento, mais apto, funcional e atrativo, e estamos com a plena convicção que este investimento por parte da câmara, de 600 mil euros, trará um retorno enormíssimo", acrescentou.
O espaço inaugurado conta com 12 bancas de venda de peixe, fruta e legumes, bem como quatro lojas. A concurso estão ainda algumas bancas e uma das lojas. "Três são as que estavam no mercado antigo e que transitaram para o novo, uma churrasqueira, uma retrosaria e uma loja de venda de marisco", informou o autarca Rui Lages.
Uma das bancas será ocupada pela primeira vez pela Associação de Pescadores do Rio Minho e Mar. "É uma estrutura que traz algo que falta em Caminha e era importante para a comunidade piscatória, que muitas vezes vendia o seu pescado de uma forma ilegal. Não tinha local onde vendê-lo. O antigo mercado não tinha condições para isso", comentou o presidente da associação, Augusto Porto.
O antigo autarca, José Pita Guerreiro (1976-1993), aplaudiu a substituição do antigo mercado "provisório" da vila, construído no seu tempo.
"Foi servindo aqueles que cá trabalhavam, mas obviamente que era uma construção provisória com fibrocimento, que se foi degradando com o tempo. E era óbvio que era necessário construir um novo mercado", declarou, justificando que "nunca surgiu a oportunidade e meios de financiamento, como agora, e felizmente foram encontradas fontes de financiamento pelo atual e pelo anterior executivo".
"É com muita satisfação que podemos inaugurar hoje um novo mercado, que vai servir melhor, não só quem trabalha aqui como quem vem cá fazer a suas compras", concluiu.