O atual presidente da Câmara da Vidigueira, foi apresentado este sábado como o candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) ao terceiro e último mandato à frente dos destinos daquela autarquia.
Corpo do artigo
Manuel Narra deixou como principal compromisso eleitoral cumpir o objetivo de que "jamais deixaremos que no nosso concelho se passe fome", garantindo que se for necessário "deixará cair" algumas obras ou festas, concluiu.
O edil lembrou que algumas famílias "já recorreram ao refeitório municipal" e que o agudizar das dificuldades deverá fazer "aumentar" esse problema. Mas o candidato garantiu que "vamos manter a dignidade das pessoas", rematou.
Sem usar discurso escrito, Manuel Narra lembrou que "há uma coisa" que os alentejanos, em geral, e os vidigueirenses, em particular, "nunca perderam" foi a sua "dignidade", reforçando que a economia e a área social", estarão na linha da frente das prioridades da autarquia.
O edil comunista acusou o Poder Central de ser "opositor em vez de parceiro", justificando que um euro "vale mais" nas mãos de um autarca do que na de um ministro. Narra deixou o alerta à população, que face "às restrições impostas às autarquias" não é possível no futuro "fazer tantas obras" como até à presente data.
Nascido em Poro Amélia (Moçambique) há 50 anos, mas há muito radicado em Vidigueira, Manuel Narra ficou célebre no ano passado por ter decido baixar os vencimentos dos eleitos da Câmara de Vidigueira, com o dinheiro a reverter para os funcionários com os salários mais baixos, e ainda pelo facto da edilidade ter distribuído os manuais escolares a todos os alunos do ensino básico.
José Soeiro, atual presidente e candidato ao lugar na assembleia Municipal, assegurou que a câmara "garantirá os postos a todos os trabalhadores" independentemente da cor política ou credo religioso de cada um, o que foi visto como "um recado" à oposição socialista.