Cabeças de lista do PS e da Coligação PSD/CDS-PP concorrem pela primeira vez. Transportes, habitação e infraestruturas básicas são os temas mais focados
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A poucos dias das eleições autárquicas, os candidatos à Câmara de Famalicão intensificam os contactos porta-a-porta, os encontros com militantes e as reuniões com instituições. Além de ouvir querem sobretudo fazer-se ouvir, e apresentar as propostas que têm para o município, num ato eleitoral que junta, pela primeira vez em muitos anos, sete candidatos.
Habitação acessível, transportes públicos e a conclusão da rede de saneamento básico e abastecimento de água são algumas das ideias que vão levando aos habitantes do concelho.
"Considero que no século XXI a questão do saneamento básico já devia estar resolvida, é uma questão de saúde pública", diz Eduardo Oliveira, candidato do PS e atual presidente da Concelhia socialista. Garante concluir estas infraestruturas básicas se ganhar a Câmara.
Mário Passos, candidato da coligação PSD/CDS-PP e atual vereador da autarquia famalicense, faz a mesma promessa. Apesar de considerar que ao nível do saneamento e água o concelho está num "patamar bom", com 90 e 98% de cobertura, quer concluir a rede caso seja eleito para suceder a Paulo Cunha, que atualmente lidera o município mas, contra todas as expetativas, decidiu não se recandidatar aquele que seria o seu último mandato. Passos salienta o serviço de limpeza de fossas sépticas que quer lançar até que a rede atinja os 100%. Ter uma rede de transportes que cubra todo o concelho é também uma prioridade do candidato da coligação de direita, que aponta o recente anúncio da criação de uma rede intermunicipal de transportes como uma "evidência" de uma aposta "robusta".
Também o candidato do PS quer autocarros que sirvam toda a comunidade, com mais itinerários e veículos amigos do ambiente, com acesso digital a horários e itinerários.
"Mais oferta, mais linhas de transporte e mais horários" é também o que defende Miguel Lopes, da CDU, enquanto Paulo Costa, do BE, aponta uma rede de transportes públicos "sustentáveis" e destaca a necessidade de apostar na "mobilidade suave".
A carência de habitação acessível é um problema para o qual o candidato da coligação PSD/CDS-PP propõe rendas acessíveis, terrenos a custos controlados e o alargamento do programa de apoio a obras e rendas.
O candidato do PS quer a Câmara a disponibilizar "casas a renda acessível, assim como habitações a renda controlada".