Sondagem de Gaia: apoio a idosos no topo das prioridades (70%), habitação nem tanto (50%)

No estudo conduzido pela Pitagórica, em que se mediu a intenção de voto para as autárquicas de 12 de outubro, mas também o retrato social e cultural dos gaienses, incluiu-se um capítulo sobre áreas de intervenção prioritária. E se, em todos os casos, os eleitores atribuem sempre alguma importância, há alguns temas que são mais prioritários do que outros. Para além dos já referidos, nos primeiros cinco lugares incluem-se a segurança pública (64%) e a manutenção de ruas, estradas e limpeza urbana (61%). Em sexto lugar, aparece então o problema da habitação (50%), que tem sido um tema dominante a cada uma das 308 campanhas locais.

Quando se analisa a lista de onze áreas de intervenção municipal tendo em conta o género, há um dado que se destaca: há sempre mais mulheres do que homens a considerá-las "extremamente importantes". A diferença é particularmente evidente na prioridade aos espaços verdes e qualidade do ambiente (elas ultrapassam-nos em 12 pontos percentuais), na segurança pública, saneamento básico e fornecimento de água e cultura e desporto (10 pontos de diferença, em todos os casos, entre elas e eles). A exceção é a seriedade e transparência, em que os homens suplantam as mulheres em 13 pontos.

Relativamente às faixas etárias, os mais novos (18 a 24 anos) têm também como prioridade máxima a seriedade e transparência (78%), mas o que mais os distingue dos restantes é a preocupação com o saneamento e a água (60%). No escalão seguinte (25/34 anos) são os transportes, trânsito e estacionamento que estão no topo (78%), sendo também os mais atentos ao problema da habitação (56%). Nos 35/44 anos, a prioridade número um volta a ser a seriedade e a transparência (70%).

Quando se passa para a segunda metade da pirâmide (a amostra está dividida em seis faixas etárias), o topo das prioridades não sofre grandes alterações. Nos 45/54 anos são os transportes e o trânsito (80%), sendo que este escalão se distingue claramente dos restantes no que diz respeito à preocupação com a atração de empresas e criação de emprego (extremamente importante para 55%). Sem grande surpresa, nos 55/64 anos e entre os que têm 65 ou mais anos, é o apoio a idosos e pessoas vulneráveis a prioridade máxima (79% e 67% respetivamente). Os gaienses nos 55/64 destacam-se dos restantes também na atenção aos espaços verdes e ambiente (52%), enquanto os mais velhos se associam à preocupação com a habitação (54%).