Projecto de Carlos Amarante, a ponte das barcas, inaugurada em 15 de Agosto de 1806, foi a primeira travessia fixa que existiu no Porto a unir as duas margens do rio Douro.
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Era formada por 20 barcaças ligadas entre si por cabos de aço. Sobre as barcaças estava disposta uma plataforma de pranchas que permitia a travessia. Podia abrir em duas partes (os alçapões que aparecem referenciados em alguns textos) para dar passagem ao tráfego fluvial.
O autor, Carlos Amarante, era um engenheiro e arquitecto natural de Braga, onde deixou obra notável, designadamente no Bom Jesus e na igreja do Pópulo, vindo morrer no Porto, cidade onde assinou trabalho na Reitoria da Universidade e na igreja da Trindade.
Mais tarde, construiu-se uma outra ponte, mais robusta, usando 33 barcas, sobre as quais assentava um estrado de madeira protegida nos parapeitos por grades. Durante as cheias mais ou menos regulares do rio Douro, a ponte era desarmada, evitando-se que fosse destruída pela força das águas.
Só em 17 de Janeiro de 1843 é inaugurada a ponte pênsil, a primeira ponte de tabuleiro elevado construída sobre o rio Douro (cerca de 10 metros acima do nível das águas), com um comprimento de 170,14 metros. Reinava em Portugal D. Maria II.