José Casimiro e Martinha Costa criaram "os próprios alimentos" e fizeram disso um negócio na região de Barcelos.
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José Casimiro e Martinha Costa sempre foram adeptos de comida saudável e vegana, mas, até há bem pouco tempo, não encontravam no mercado produtos que os satisfizessem. Em 2015, a mulher decidiu começar a fazer "os próprios alimentos" e arriscou criar uma alternativa aos produtos lácteos. Na busca do melhor iogurte descobriu "o queijo ideal" e foi essa receita que acabou por resultar num novo negócio, a partir de Barcelos. De engenheiros, com um emprego estável, passaram a correr os riscos como empresários.
"Começamos em 2015 a fazer o desenvolvimento dos produtos e sentimos muitas dificuldades, porque não havia muita procura", recorda José Casimiro, sublinhando que foi "o espírito empreendedor" que não os fez desistir da ideia. A isso, juntaram a formação em Engenharia e Gestão Industrial que lhes deu ferramentas para "potenciar o negócio" mais recentemente.
Família a primeira cliente
Os queijos, à base de amêndoa e caju, foram o ponto de partida para outros produtos, como cremes vegetais e manteigas. Os primeiros clientes foram a família, que validaram a qualidade dos alimentos. Passaram a receber encomendas individuais até chegarem às lojas de grande distribuição.
"Mais recentemente, entraram marcas internacionais no mercado que nos ajudaram a criar esta categoria [de produtos veganos]. A concorrência foi benéfica, porque tinham peso, mas em termos nutritivos não eram muito bons", sublinha José Casimiro que, até ao final do último ano, ainda conciliava o novo negócio com a engenharia.
Deixar emprego estável
O empresário de 34 anos deixou o emprego estável, depois de Martinha, com 33 anos, já o ter feito há dois anos. Entretanto, já contam, também, com mais três funcionários a trabalhar na pequena cozinha em Barcelos, um espaço de família que recuperaram para avançar com a marca Yogan.
Além de Portugal, já conseguiram chegar a Espanha, Inglaterra, Holanda, Polónia, Alemanha, Luxemburgo e Bulgária. "É um produto que precisa de ser transportado rapidamente, por isso, estamos a trabalhar em alternativas aos lacticínios mais abrangentes que os queijos", revela José Casimiro, sublinhando que a empresa tem, também, uma preocupação ambiental, a começar pelas embalagens que "são recicladas e recicláveis". "Queremos diminuir a pegada ecológica", conclui o empresário.