A CDU considera "urgente" que o Ministério da Cultura intervenha na situação do Stop, uma vez que o espaço cultural em que o centro comercial se transformou tem "mais de 500 utilizadores (mais de 90% são músicos) e constitui uma mais-valia para o Porto e o país".
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Considerando inaceitável a decisão da Câmara do Porto de encerrar 105 das 126 lojas do centro comercial na Rua do Heroísmo, a maioria das quais era usada como sala de ensaios e estúdio por músicos e bandas, a CDU diz, em comunicado, que era possível tomar "outro rumo"
Lembrou, a propósito, que apresentou no Executivo, em novembro de 2022, a proposta "Assegurar o FUTURO dos Músicos do STOP", para encontrar uma solução estável que assegurasse "a atividade de centenas de pessoas, na sua maioria músicos, que ali trabalham (ensaios, produção, gravações, preparação de espetáculos, etc.)".
Essa solução, acrescenta a CDU, poderia passar pela "tomada de posse administrativa do Stop por parte da Câmara Municipal do Porto e/ou Ministério da Cultura, para garantir a realização de obras mínimas, visando melhorar as condições de segurança e conforto" e pela realização de obras por piso, assegurando, se necessário, um local alternativo temporário, para as atividades afetadas pelas obras. A CDU também aponta a hipótese de "encontrar uma solução de gestão para o Stop que inclua os representantes dos músicos e que garanta as condições atuais de alojamento, designadamente as rendas."
"Reconhecendo a responsabilidade central da Câmara sobre esta matéria, a CDU não pode deixar de referir que considera urgente que o Ministério da Cultura intervenha sobre esta situação", acrescenta o comunicado.
"O Porto não pode perder um espaço com estas características, quer pelo impacto negativo que isso teria na vida das pessoas que o utilizam, quer pela machadada que tal representaria na vida cultural da cidade e da região", sustentam os comunistas.
"A CDU continuará a intervir de todas as formas possíveis para que esta situação seja revertida, apela à unidade e resistência de todos os músicos e comerciantes na exigência de utilização do espaço e à solidariedade e mobilização de todos os portuenses com esta luta", conclui o comunicado.