Obra, que custará seis milhões de euros, deverá arrancar ainda este ano. Novo espaço terá capacidade para acolher seis mil pacientes oncológicos. Terreno foi cedido pela autarquia.
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Deverá arrancar ainda este ano em Matosinhos o projeto que Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Norte designa de "obra emblemática": um centro de reabilitação polivalente para doentes oncológicos, que será constituído por uma unidade de acolhimento temporário, um centro de fisioterapia, um centro de cuidados domiciliários, um centro tecnológico de investigação, um auditório com capacidade para 200 pessoas e salas de apoio.
O edifício, que terá uma área coberta de aproximadamente três mil metros quadrados, e cuja obra custará cerca de seis milhões de euros, nascerá num terreno que foi cedido pela Autarquia matosinhense.
"Neste grande edifício da sede [na Estrada da Circunvalação, no Porto] não temos já possibilidades de qualquer tipo de expansão e precisamos de o fazer, na medida que necessitamos de fazer muita coisa para complementarmos tudo aquilo que o doente oncológico precisa e não tem, porque o Estado não providencia essas situações", começou por dizer ao JN Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Norte (LPCC-NN).
Dentro do apoio que será prestado ao doente oncológico está incluída a fisioterapia "para todo o tipo de tumores", referiu o presidente da Liga, sublinhando que "muitas vezes os tumores precisam de reabilitação e o Estado providencia mal e os centros de saúde não funcionam, acabando o doente abandonado".
Para apoiar esta "mais-valia", o novo centro terá inclusive "uma piscina para a hidroterapia, que é importantíssima em algumas recuperações, mas também uma série de atividades ocupacionais, terapias complementares e apoio psicológico", descreveu Vítor Veloso, assumindo que o novo espaço acolherá "cerca de seis mil pacientes".
"Boa vontade da câmara"
Já sobre a cedência do terreno, com uma área de 9380 metros quadrados, situado junto à Via Norte, com acesso pela Rua Central do Seixo, o presidente da LPCC-NN destacou que "só foi possível graças à boa vontade da Câmara de Matosinhos e da sua presidente", acrescentando: "Infelizmente não tivemos o mesmo tratamento no Porto".
Já sobre a conclusão da empreitada, Vítor Veloso espera que aconteça "no máximo em três anos".