Cirurgia Geral da Urgência do Hospital de Mirandela encerrada até fim de outubro
Os três cirurgiões foram alocados à urgência do hospital de Bragança, da mesma área de abrangência da Unidade Local de Saúde do Nordeste, por constrangimentos na elaboração de escalas devido à recusa da maioria dos médicos em realizar trabalho extra para lá das 150 horas.
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A especialidade de cirurgia-geral da urgência do hospital de Mirandela, está, desde o passado dia 8 de outubro, sem qualquer especialista de serviço, e segundo apurou o JN junto de fonte hospitalar, assim vai estar, pelo menos, até ao dia 31 de outubro, dado que é a data limite da validade das escalas elaboradas nos últimos dias.
Pelo menos durante esse período, os doentes que necessitem de ser vistos por um profissional de saúde daquela área, ou que tenham de ser submetidos a uma intervenção cirúrgica urgente, serão encaminhados para o serviço de urgência do Hospital de Bragança, a 60 quilómetros de distância, que integra o território de abrangência da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE).
Ao que conseguimos apurar, os três médicos especialistas de cirurgia-geral que têm vindo a prestar serviço na urgência da unidade hospitalar de Mirandela, terão recebido instruções da administração hospitalar para passarem a prestar serviço na urgência da capital de distrito por estar com constrangimentos na elaboração das escalas, em diversas valências, sendo uma delas a de cirurgia geral, como consequência da recusa da maioria dos médicos em realizar horas extra para lá das 150 horas e que estão estipuladas na Lei.
Esta situação de encerramento do serviço em Mirandela já tinha acontecido entre as 8 horas do dia 6 deste mês e a mesma hora do dia 8, mas foi retomado nesse dia. Só que, nessa mesma noite (20 horas de 8 de outubro), voltou a encerrar e assim se mantém.
Apesar de várias tentativas, a administração da ULSNE ainda não deu qualquer explicação oficial para esta medida, nem tão pouco esclarece se a situação será apenas provisória ou poderá vir a ser definitiva, tendo em conta que dois dos especialistas, agora alocados a Bragança, já têm uma idade avançada (68 anos) e se não houver novas entradas pode estar em causa, em definitivo, aquela valência, em Mirandela.