A exemplo do Hospital de S. João, a Unidade Local de Saúde da Guarda vai suspender toda a atividade clínica não urgente, por tempo indeterminado. Exceção para doentes oncológicos ou prioritários referenciados pelo médico assistente.
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Unidade de segunda linha para coronavirus desde o passado dia 2 de março, o Hospital da Guarda mantém os 16 quartos de pressão negativa em várias enfermarias e um circuito diferenciado para receber doentes suspeitos de Infeção, mas agora o plano de contingência vai mais longe com a suspensão da atividade clínica não urgente. "As cirurgias não urgentes vão ser canceladas bem como as consultas com exceção das consultas de doentes oncológicos ou prioritários referenciados pelos médicos assistentes", referiu ao JN o pneumologista da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda. "E mesmo assim as consultas vão ser espaçadas para o acumular de pessoas nas salas de espera", acrescentou esta manhã, já depois de ter havido mudanças na disposição das cadeiras na Consulta externa para aumentar a distância social entre utentes.
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Mais jovens e pacientes de meia idade
Apesar de o Centro Hospitalar de Coimbra ter sido entretanto referenciado na Região Centro para atender doentes suspeitos de sintomatologia de coronavírus, a área de influência do hospital da Guarda diminuiu, mas a afluência de doentes aumentou. "Temos recebido mais gente, especialmente jovens e doentes de meia idade. A percentagem de idosos é menor", sublinhou ainda o médico designado porta-voz da ULS.
De acordo com a autoridade de saúde pública no distrito, os pacientes chegam referenciados pela linha Saúde 24, mas também via centros de saúde, o que foge às recomendações. "Nunca é demais reforçar esta necessidade das pessoas não recorrerem aos centros de saúde. Todos nós somos agentes de saúde pública neste momento", sublinhou Ana Isabel Viseu, a delegação de saúde com funções de coordenação distrital.
O apelo final vai precisamente para as famílias com doentes portadores de sintomas suspeitos de coronavírus. "Os acompanhantes que fiquem em casa até serem conhecidos os resultados das análises", pediu Luís Ferreira.