Presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, contestou o estudo que aponta Caldas da Rainha como a localização provável para a construção do Hospital Oeste-Norte.
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"Este estudo tem um pressuposto que é inaceitável para Alcobaça, que é tomar em consideração a existência de portagens em Alfeizerão", afirmou Paulo Inácio, após a reunião com a ministra da Saúde, Ana Jorge.
O estudo apresentado hoje aponta Caldas da Rainha como a localização previsível para a construção do Hospital Oeste-Norte, que vem sendo disputado pelos dois concelhos.
Com base num estudo liderado por Daniel Bessa, que apontava Alfeizerão (concelho de Alcobaça) como a localização ideal para o novo hospital, a Câmara adquiriu (no mandato anterior) um terreno por 3,5 milhões de euros.
A existência de portagens em Alfeizerão, foi, segundo Paulo Inácio, "um dos critérios" apontados no estudo divulgado pela ministra da Saúde para que Caldas da Rainha seja a localização escolhida.
O autarca considera o critério "inaceitável e imoral" e recusa aceitar o estudo, "que não tem nenhum base científica relativamente ao anteriormente efetuado".
Paulo Inácio assegura que irá "analisar com mais profundidade" o estudo, que diz ter "deficiências óbvias, que a própria ministra reconheceu, pelo que adiou a decisão para daqui a um mês".
"Não nos conformamos", afirma o autarca, que pretende "tentar convencer a ministra e o Estado para que não cometam esta imoralidade, penalizando duas vezes os mesmos cidadãos".
"Para nós, esta questão não está encerrada e vamos lutar até ao último minuto", avisou o presidente da autarquia, esperançado de que, "se for feita uma análise objectiva, o estudo que vai vingar será o de Daniel Bessa, que aponta claramente para Alfeizerão".
A construção do Hospital Oeste-Norte é um dos 120 projectos incluídos no plano de compensações acordado entre o Governo e os municípios do Oeste como forma de minimizar os "prejuízos" pelo abandono do aeroporto da Ota.
Apesar de ambos os concelhos disputarem a localização do hospital, apenas a autarquia de Alcobaça adquiriu o terreno.
A câmara das Caldas da Rainha apontou várias localizações possíveis no concelho, mas aguarda a decisão da tutela para formalizar a compra