Alunos da escola do "Campo Esperança", em Aljustrel, e técnicos do Museu Municipal participaram num projecto de apanha de azeitona e produção de azeite. A receita destina-se a apoiar uma visita de estudo.
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"Da oliveira ao azeite" é o nome de um projecto educativo promovido pelo museu da "Vila Mineira", preparado a pensar nos mais novos, como foi caso dos alunos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico, onde participou aquela escola.
Neste projecto, baseado na exposição temporária subordinada ao mesmo tema, patente ao público numa das salas do museu, tem como objectivo "mostrar o percurso deste produto ao longo da história", revelou ao JN, Noélia Vaz, coordenadora do Serviço Educativo do Museu Municipal de Aljustrel.
Através de vários painéis, a exposição mostra os benefícios do azeite na saúde, a sua utilização na cozinha, a sua produção tradicional, como se processo o curso da apanha da azeitona até à mesa do consumidor. Noélia Vaz justifica este projecto com a necessidade de "renovar o conhecimento sobre a tradição do azeite", enquanto gordura saudável para dieta humana.
As escolas têm ao seu dispor diversas actividades pedagógicas como visitas guiadas às exposições, contacto directo com o processo tradicional da apanha da azeitona, visitas guiadas a lagares e contacto com o ciclo do azeite.
A história do azeite é feita de "saberes e sabores", da importância "social e económica", de saúde e de cultura, Feita de "tradições e de futuro", justificou Noélia Vaz.
Uma das escolas que mais activa no projecto foi a do "Campo Esperança". Alunos, professores, pais, e técnicos do Museu Municipal, participaram na apanha da azeitona, utilizando os ancestrais métodos manuais. "Ripámos as oliveiras com os paus de varejo, e apanhámos a azeitona dos panais espalhados no chão", contou Noélia Vaz.
Segundo a responsável, foram apanhados 400 quilos de azeitona, que produziram 40 litros de azeite. A escola vai agora promover uma feira onde o mesmo será vendido, com a receita a ser destinada a uma visita de estudo. O "Museu do Café", em Campo Maior, é uma das hipóteses em avaliação para essa visita.