Os CTT estão de volta ao edifício do Palácio dos Correios, na Baixa do Porto, ao lado da Câmara Municipal. A "nova loja abrirá durante o mês de julho", confirmou a empresa, adiantando que ocupará 500 metros quadrados.
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É um marco histórico, pois a empresa inaugurou o Palácio em 1979 e ali esteve sediada com serviços e um grande balcão de atendimento que se enraizou nas rotinas da população. A saída, em 2019, porque o edifício entrou em obras, foi muito contestada pelos clientes dos serviços postais, habituados àquele local, no centro da cidade e bem servido por transportes públicos. O Palácio sofreu uma profunda intervenção e hoje acolhe a sede do Conselho Metropolitano do Porto e uma empresa tecnológica.
"Será uma loja com um novo conceito, já implementado em Braga (Lamaçães) e Lisboa (Sete Rios e Picoas). O conceito baseia-se numa abordagem inovadora na relação com os clientes e na presença física dos CTT. Com a modernização, a empresa vai ao encontro das necessidades, tendo em conta um mundo cada vez mais digital, personalizado e com consumidores cada vez mais exigentes", é explicado.
"Foi protótipo e escola"
Para os CTT, este regresso é especial. "Inaugurado em 1979, o Palácio tinha o mais inovador centro de operações de correio do país. Também acolhia toda a estrutura administrativa do Norte e a mais importante estação de correios da região, localizada no piso térreo dos Aliados. Pela adoção dos procedimentos mais avançados no seu tempo, o centro do Porto foi protótipo e escola para muitos engenheiros e técnicos, que depois aplicaram esses conhecimentos noutros locais, com destaque para Cabo Ruivo (Lisboa)", é salientado.
Pormenores
Transferência em 2019
Com as obras e o fecho no Palácio dos Correios, em 2019, os CTT transferiram-se para outras instalações no Porto: nas ruas da Firmeza e de Gonçalo Cristóvão.
Queixas pela mudança
No país, o encerramento de balcões iniciou-se em 2017 e deu brado nacional. No caso do Palácio, todos se queixaram, incluindo os comerciantes nas imediações. O hábito era tanto que, meses após o fecho, ainda iam clientes ao antigo balcão, ao engano.