Rui Rio anunciou que vai adiar a decisão sobre a demolição do Bairro do Aleixo para depois do resultado das eleições autárquicas.
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A decisão do presidente da Câmara do Porto foi comunicada em conferência de imprensa, sendo a demolição no Aleixo o único ponto da ordem de trabalhos.
Os vereadores do PS da Câmara do Porto tinham pedido, a 08 de Setembro, que a maioria PSD/PP adiasse para depois das eleições autárquicas a decisão sobre a demolição do Bairro do Aleixo, mas o presidente Rui Rio disse na altura que o processo já estava fechado.
A única proposta de adjudicação da demolição do bairro foi do consórcio encabeçado por duas sociedades do grupo Espírito Santo (a Gesfimo - Sociedade de Fundos de Investimento Imobiliário e a Espart - Espírito Santo Participações Financeiras), única entidade que se mostrou interessada no concurso público para a criação de um fundo especial de investimento imobiliário.
O concurso público foi lançado a 12 de Agosto de 2008, mas o procedimento esteve suspenso cerca de três meses devido a uma providência cautelar interposta pela Associação de Promoção Social da População do Bairro do Aleixo.
O Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto indeferiu a acção e o concurso, retomado em Novembro, teve apenas aquele concorrente.
A empresa, que ficaria com o terreno onde está situado o bairro para urbanização, apresentou um custo global superior a 14 milhões de euros para a demolição das cinco torres do Aleixo e para construir 300 habitações sociais no concelho, com vista ao realojamento dos moradores.
Em contrapartida, a autarquia deveria disponibilizar ao consórcio três terrenos camarários e edifícios para reabilitar no centro histórico da cidade.