Arquiteto José Carlos de Oliveira diz que travessia é "muito concreta". Para Vítor Silva, da Metro do Porto, Linha Rubi é "fundamental" para a mobilidade.
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Desenhada pelo arquiteto José Carlos de Oliveira, a nova ponte do metro, entre Porto e Gaia, ficará eternizada na paisagem do Douro. Para o próprio, o desenho final é "muito essencial, tão sóbrio quanto o Porto é". A travessia é obrigatória para a construção da segunda ligação de metro entre as duas cidades e, para Vítor Silva, engenheiro e diretor do gabinete de projetos da Metro, a Linha Rubi é "fundamental para estabelecer um anel e dar mobilidade a toda a Área Metropolitana do Porto" (AMP).
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Já toda gente conhece a nova ponte, mas como continua a faltar-lhe um nome, mantém-se aberta até ao próximo dia 5 de maio a votação para a escolha de um nome, através do site do JN. A consulta pública abriu ontem e, ao final da tarde, contavam-se já mais de duas mil participações. A iniciativa é das câmaras do Porto e Gaia, do Ministério do Ambiente, que tutela a Metro do Porto, e do Jornal de Notícias.
Desde o início que as características de uma escarpa urbanizada como a do Porto levantaram dúvidas à construção da infraestrutura. Ainda assim, os espaços envolventes aos pilares da nova ponte serão renovados. Nascerá um parque urbano em Gaia e no Porto uma praça, que se "instalará ao nível da Rua do Ouro na estação de serviço da Repsol", explica o arquiteto, notando que além de um elevador entre a Rua do Bicalho e o Bairro da Boa Viagem, haverá uma "naturalização do espaço para que não seja tudo empedrado".
Naquela que é a sua estreia no que diz respeito à arquitetura de pontes, José Carlos de Oliveira nota que este "é um desenho muito essencial, tão sóbrio quanto o Porto é". "Acho que a nossa ponte foi muito concreta em termos de desenho e tentou afirmar esses valores em toda a extensão da sua intervenção", acrescentou.
criar alternativas
Para Vítor Silva, "se queremos crescer e melhorar a mobilidade das pessoas, é necessário dar-lhes alternativas". "Esta Linha Rubi é fundamental para estabelecer um anel e para dar mobilidade a toda a AMP".
O responsável observa ainda que "quando tivermos a Linha Rubi, em 2026, concluída e a funcionar, com a Linha Rosa, com o BRT [metrobus] e toda a nossa infraestrutura, teremos condições de mobilidade e de sustentabilidade ambiental para a região".
Quando à localização da ponte, que também foi alvo de críticas, Vítor Silva explica : "Não podemos levar a linha ou a ponte para onde queremos. Temos que ver o que queremos servir e quais as condicionantes para ligar dois pontos".
Perguntas
Quais os nomes que posso escolher?
Há seis nomes à escolha: Ponte da Boa Viagem, Ponte Douro, Ponte da Ferreirinha, Ponte da Boa Passagem, Ponte da União e, por fim, Ponte Engenheiro Joaquim Sarmento. A votação arrancou ontem, através do site do "Jornal de Notícias", e decorre durante 30 dias.
De que forma foram escolhidos?
Foi uma Comissão de Seleção, constituída pelos historiadores Amândio Barros e Hélder Pacheco, o jornalista e investigador do Património Germano Silva, o engenheiro civil Humberto Varum e o músico Rui Veloso quem selecionou os nomes que estão agora a ser votados.
De que forma posso votar?
A votação é acessível através de www.jn.pt. O site do "Jornal de Notícias" irá reencaminhar o leitor para o "Portal Participa", do Ministério do Ambiente, que tutela a Metro do Porto. Caso já esteja registado no portal onde estão disponíveis todas as consultas públicas, basta votar num dos seis nomes que estarão em votação até ao próximo dia 5 de maio.