Um edifício em obras desabou, esta segunda-feira de madrugada, na Calçada da Picheleira, na zona do Beato, em Lisboa, atingindo edifícios contíguos e causando dois feridos ligeiros.
Corpo do artigo
A diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins, disse à Lusa que o edifício desabou à 1.05 horas e atingiu um prédio onde estavam, no 1.º andar, quatro pessoas: dois idosos e uma mãe e filha, de oito anos.
"Duas pessoas idosas ficaram soterradas e foram transportadas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para o hospital de São José. As outras duas pessoas, filha e neta [do casal ferido] encontram-se bem", adiantou.
Margarida Castro Martins disse à agência Lusa, cerca das 11.30 horas, que os dois idosos vão manter-se em observação no Hospital de São José, em Lisboa. "Não inspiram cuidados. A senhora partiu um pé", afirmou.
O casal, a filha e neta estavam em casa, quando o edifício onde moravam foi atingido pela derrocada do prédio contíguo, que estava em obras, na Calçada da Picheleira, na freguesia do Beato.
A filha e a neta não ficaram feridas, tendo ficado em casa de familiares uma vez que o prédio onde viviam não tem condições de habitabilidade.
"O alojamento para já está assegurado em casa de familiares", disse a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, acrescentando que o dono da obra que provocou os danos está a assumir as suas responsabilidades.
Quatro viaturas foram também atingidas pela derrocada do prédio.
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estavam no local, às 6.45 horas, 38 operacionais, apoiados por 12 viaturas.
O Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa indica no seu site que mobilizou para o local vários meios e operacionais, entre os quais a Unidade Cinotécnica e a "equipa de drones" para buscas suplementares, não tendo sido detetadas mais vítimas.
Edifício sem risco estrutural e alvo de trabalhos de proteção
O edifício afetado pela derrocada não está em risco estrutural e vai ser alvo de trabalhos de proteção temporária da cobertura, informou fonte da Proteção Civil municipal.
"O edifício confinante ficou sem condições de habitabilidade, a água foi cortada e a cobertura foi parcialmente destruída. Não existem indícios de risco estrutural", adiantou à Lusa a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil.
De acordo com a representante, vão ser realizados trabalhos de proteção temporária da cobertura deste edifício afetado e de limpeza dos escombros.
"Aguardam-se meios do dono de obra/empreiteiro para iniciar trabalhos de demolição controlada da empena que não caiu", referiu.