Moradores de bairros sociais de Valongo protestaram, ontem, domingo à tarde, em frente ao Paços do Concelho, contra o que entendiam ser o prenúncio de aumentos na rendas.
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"Foi eleito ontem [anteontem] e já quer aumentar as rendas. Hoje recebemos no correio, sem carta nem nada, um ofício para preenchermos com os elementos do agregado e enviarmos para a Câmara Municipal. Mas não dizem de quanto vai ser o aumento. A carta só se diz que se não entregarmos os papéis até ao fim do mês pagamos a renda máxima. Isto é uma pouca vergonha. Disseram-nos que a as rendas estavam congeladas e agora vêm com isto", afirmava, indignada, Maria da glória Torrié, moradora no Bairro do Calvário.
No entanto, a Vallis Habita, empresa municipal que gere a habitação social do concelho, sublinhou que se trata de "ofícios normais, que enviamos todos os anos, para actualização das bases de dados".
"A Vallis Habita é proprietária de três bairros que pertenciam ao antigo Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado. A haver aumentos será só no próximo ano e nunca ultrapassando os 25 euros. Aliás, tem sido normal haver 15 por cento de rendas que baixam. E os ofícios sempre foram entregues directamente na caixa do correio. Qualquer alteração na renda segue em envelope", afirmou Alexandre Garcêz, director-geral da Vallis Habita.