<p>O O Instituto da Segurança Social encerrou ontem, sexta-feira, um lar de idosos privado na freguesia de Arrouquelas, concelho de Rio Maior, que se encontrava sobrelotado e "sem condições dignas" para os utentes.</p>
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Segundo o presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), Edmundo Martinho, o lar estava licenciado para 40 pessoas mas actualmente havia 120 a residir nas instalações. Foram ainda detectadas no local situações de falta de higiene e falta de comida suficiente para assegurar o bem-estar do número total de pessoas que acolhia, adiantou o responsável.
O presidente do ISS adiantou ao JN que a situação resulta de "uma forma desenfreada de querer explorar as necessidades das famílias" e prometeu mão pesada na punição aos responsáveis.
"É uma situação absolutamente inqualificável", sublinhou. A sobrelotação foi detectada há três ou quatro semanas" mas só ontem foi possível avançar com o fecho da instituição, numa acção em que participaram a Autoridade de Segurança Alimentar Económica (ASAE), a GNR, bombeiros e médicos.
"O encerramento é o culminar de um processo de preparação que já tem algum tempo", afirmou Edmundo Martinho. "Não se faz uma coisa destas com 120 pessoas da noite para o dia. Estivemos a reunir as condições para que no encerramento tudo estivesse acautelado", justificou.
Assim, durante o dia de ontem, os idosos que residiam no lar foram distribuídos por várias instituições de Santarém, Leiria e Lisboa. Alguns foram também para casa de familiares.
O Verão é, por tradição, uma época do ano em que os lares de idosos são alvo de maior procura. Todavia, o responsável recusa estabelecer uma ligação entre esse facto e a sobrelotação detectada.
Para já, Edmundo Martinho desconhece qual será a punição para os responsáveis do Centro de Repouso. Todavia, assegurou ao JN que no que concerne ao quadro sancionatório da Segurança Social e "face à gravidade" a sanção pode ir até à inibição do exercício da actividade. "Vamos seguramente aplicar sanções nos limites dos valores máximos", rematou. Os proprietários foram identificados e vão ser alvo de "coimas e acções punitivas.