“É partir muita pedra, mas devagarinho”, ilustra a assistente social Armanda Nunes, a resumir na metáfora o trabalho contínuo e paciente da equipa multidisciplinar de Matosinhos que há um ano começou a seguir cinco pessoas que acumulam, no total, mais de 100 animais domésticos.
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Ao fim de 12 meses, os cinco profissionais que trabalham sempre em complementaridade continuam a seguir os mesmos casos iniciais, e o balanço é positivo face à complexidade do transtorno batizado como síndrome de Noé: “não houve um aumento” do número de animais acumulados, e a procura ativa de bichos foi reduzida, revela ao JN a veterinária municipal, Liliana Sousa.
De uma professora reformada até uma jovem empregada de mesa, os casos seguidos pela equipa do projeto de prevenção e intervenção na síndrome de Noé, com faixas etárias a oscilar entre os 25 e os 68 anos, permitem concluir que esta doença mental não escolhe idades nem estratos socioeconómicos.