Os familiares das vítimas da tragédia do Meco reuniram-se, na tarde deste sábado, em Almada, tendo aprovado um comunicado, onde se mostram "disponíveis" para colaborar com a justiça e afirmam "não ter qualquer intenção" de crucificar o sobrevivente, João Miguel Gouveia.
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Os familiares dos seis estudantes da Universidade Lusófona arrastados por uma onda de grandes dimensões, na praia do Meco, na madrugada de 15 de dezembro, garantiram no final, que não pretendem pressionar o sobrevivente a falar.
"Não estamos em posição de pressionar ninguém. Temos sido até bastante tolerantes, já lá vão 40 e tal dias. Por isso, temos sido bastante pacientes", adiantou, no final do encontro, Fátima Negrão, mãe de Pedro Tito Negrão, uma das seis vítimas mortais.
Os pais estão também dispostos a colaborar com a Universidade Lusófona, que, na última semana, decidiu abrir um inquérito ao ocorrido na praia do Meco.
Relativamente ao contacto com João Miguel Gouveia, o sobrevivente, ou com os seus familiares, os pais das vítimas garantem que nunca foram contactados. Ainda assim, deixaram claro que não pretendem culpar ninguém pelo sucedido, apenas perceber o que se passou.
"De forma alguma estamos a querer crucificá-lo", disse Fátima Negrão, em representação de todas as famílias.
Os familiares das vítimas decidiram ainda criar um email: tragédia.meco@gmail.com para que quem tenha pistas sobre o que se passou na fatídica madrugada possa transmiti-las, de forma perfeitamente anónima, às famílias dos sobreviventes.